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CDS-PP avança para avocação parlamentar de proposta sobre professores

A decisão é muito simples: ou o Parlamento aceita as nossas condições ou não aprovaremos qualquer pagamento”, diz Assunção Cristas, criticando “mentira fabricada” pelo primeiro-ministro.
5 Maio 2019, 14h12

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, anunciou neste domingo que o seu partido vai requerer uma avocação parlamentar para levar a votação a proposta dos centristas que impõe condições para a reposição de tempo de serviço congelado aos professores.
“A decisão é muito simples: ou o Parlamento aceita as nossas condições ou não aprovaremos qualquer pagamento. Essa é a posição de princípio do CDS desde sempre. Ou o Parlamento aceita os requisitos da nossa proposta, e eles se tornam lei, ou o CDS não dará o seu voto a qualquer compromisso”, disse Assunção Cristas.
Os requisitos colocados na proposta “claríssima” do CDS-PP para o pagamento aos professores são a “existência de crescimento económico e garantia de sustentabilidade financeira”, a “negociação do estatuto da carreira dos professores” e “negociação do regime de aposentações dos professores”. Segundo a líder centrista, “esses requisitos existem na proposta do CDS desde o início, foram anunciados há mais de um ano e não prescindimos deles”.
Dizendo-se surpreendida por “ninguém se referir a estas exigências do CDS”, Cristas recordou que os requisitos foram chumbados pelos socialistas. “Se o PS os tivesse votado, se os tivesse viabilizado, não haveria crise política”, sustenta a líder partidária, por entre críticas a uma “mentira fabricada apenas e só para criar uma crise política” que atribui ao primeiro-ministro António Costa.
Através do recurso à avocação parlamentar – pela qual, após requerimento de um mínimo de dez deputados, o plenário da Assembleia da República chama a si a votação na especialidade de um diploma –, o CDS-PP pretende levar a votos exigências que “não constam da versão final saída da votação na especialidade” na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência.

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