Voltar a Acreditar” foi o slogan escolhido por Francisco Rodrigues dos Santos para se lançar na corrida à liderança do CDS-PP, há um ano. Venceu e fez história por ser um dos presidentes mais novos de sempre do CDS-PP. Com as promessas de unir o partido, criar uma nova direita e acabar com “a folga na oposição ao Governo socialista”, “Chicão” (como é conhecido dentro de portas) conseguiu galvanizar os congressistas democratas-cristãos e juntar na direção do partido amigos e antigos rivais políticos. Mas então o que terá levado à recente tentativa de golpe palaciano de Adolfo Mesquita Nunes e à debandada na direção do partido? Terá o CDS-PP deixado de acreditar em Francisco Rodrigues dos Santos?
O compromisso de renovar o partido e trazer novos rostos para órgãos de decisão permitiu a Francisco Rodrigues dos Santos a convergência com alas descontestes com o “portismo” e a liderança catch-all party de Assunção Cristas. Ao Jornal Económico (JE), um antigo dirigente do CDS-PP diz que esse foi “o primeiro erro” de Rodrigues dos Santos por “cercar-se de todos aqueles que perderam” no 28.º Congresso. “Foi um sinal de fraqueza”, diz. Antigos adversários e representantes de correntes de opinião diferentes aceitaram o convite para integrar a direção do CDS-PP e influenciar decisões, como foi o caso de Filipe Lobo d’Ávila (líder do grupo Juntos pelo Futuro, que teve 14,5% dos votos em congresso), António Carlos Monteiro (ex-líder da distrital de Lisboa no tempo de Paulo Portas e apoiante de João Almeida na corrida ao CDS-PP) e Abel Matos Santos (então líder da corrente minoritária TEM, que retirou a sua moção para apoiar “Chicão”). Mas, destes, apenas Carlos Monteiro se mantém na direção.
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