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CDS-PP considera que remodelação do Governo acontece em “péssimo timing”

Francisco Rodrigues dos Santos lamenta que o governante que levou à aprovação do Orçamento Suplementar não seja o mesmo que o irá defender e responder politicamente daqui para a frente.
António Pedro Santos/Lusa
9 Junho 2020, 15h07

O CDS-PP considera que houve “um péssimo timing” na remodelação do Governo  com a saída de Mário Centeno do Ministério das Finanças, anunciada esta terça-feira. Francisco Rodrigues dos Santos acredita que o ainda presidente do Eurogrupo conquistou uma “grande credibilidade” junto das instâncias internacionais, que vê como fundamentais para a retoma e recuperação da economia.

“Numa altura em que se discute um plano de estabilidade social e económica, o CDS esperava ver do Governo um exemplo também de estabilidade política, que, infelizmente, não foi dado, escolhendo a pior ocasião para operar uma remodelação desta magnitude”, argumentou  líder do partido aos jornalistas.

Os centristas lamentam que o governante que levou à aprovação do Orçamento Suplementar não seja o mesmo que o irá defender e responder politicamente daqui para a frente e coloca o ónus da demissão em António Costa.

“Quando existe descoordenação do Governo essa mesma descoordenação deve ser imputada ao primeiro-ministro, que é quem tem responsabilidade de fazer uma gestão correta e proficiente das equipas e até podemos considerar esta última novela inusitada dado que estamos todos bem recordados dos rasgados elogios que o primeiro-ministro teceu, ao longo dos últimos anos, àquele que considerou o «Ronaldo das Finanças»”, explicou Francisco Rodrigues dos Santos.

O dirigente do CDS falou ainda do projeto de lei que apresentou para alterar o modelo de nomeação nos órgãos de supervisão, que prevê um ‘período de nojo’ de três anos para ex-governantes.

“O CDS entende que não pode haver promiscuidade na política e foi por essa mesma razão que apresentou um projeto de lei que visava evitar esta transferência de amigos de governantes para uma situação em que ocupam lideranças de entidades supervisoras. A posição é muito clara: achamos que não deve haver transferências de governantes para governantes”, reforçou Francisco Rodrigues dos Santos, em declarações à imprensa, a partir da Assembleia da República.

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