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CDS-PP quer personificar “primavera” que a direita tem de atravessar para se “reerguer”

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defende que o CDS-PP deve personificar “a primavera que a direita tem de atravessar para se reinventar e renascer” e lembra que o partido foi “sempre a fronteira de todos os extremismos” e “a âncora da direita” portuguesa. 
10 Março 2020, 10h36

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu esta terça-feira a necessidade de diálogo à direita para apresentar aos eleitores uma alternativa ao socialismo. O líder democrata-cristão quer que o CDS-PP personifique “a Primavera que a direita tem de atravessar para se reinventar e renascer” e lembra que o partido foi “sempre a fronteira de todos os extremismos” e “a âncora da direita” portuguesa.

“Mais do que federar, fundir ou coligar-se, o centro-direita tem de se reconhecer num líder agregador, e os partidos têm de se reconciliar com os seus eleitores, consolidando a sua mensagem e procurando apresentar aos portugueses, num permanente diálogo entre si, um projeto autêntico e mobilizador, capaz de vencer eleições”, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, na abertura da segunda edição da Convenção do Movimento Europa e Liberdade (MEL).

O líder do CDS-PP considera que o momento político que Portugal atravessa é “particularmente desafiador” no combate ao socialismo. Isto porque, defendeu Francisco Rodrigues dos Santos, os partidos do ‘arco da governação’ (PS, PSD e CDS-PP) “perderam perto de 400 mil votos” desde 2015 e, à esquerda, “normalizou-se o discurso radical das engenharias sociais”, ao mesmo tempo que os extremismos e populismos ganham peso no debate político.

Para “combater o extremismo e o radicalismo”, Francisco Rodrigues dos Santos apela a que, nas eleições autárquicas de 2021, os partidos de centro-direita se juntem em listas comuns para “melhor interesse das populações e sempre que isso permita vencer a esquerda”, apesar de reconhecer que forjar alianças sólidas é hoje difícil. Também nas eleições presidenciais do próximo ano, o líder do CDS-PP defende a união ao invés da divisão e, nas próximas legislativas de 2023, pede “uma proposta de compromissos que ofereça aos portugueses uma solução de governo”.

“Em todos os casos, a responsabilidade é enorme, e exige que todos saibamos estar à sua altura, sob pena de, perdidos em agendas particulares e em jogos palacianos, sairmos do próximo ciclo eleitoral mais enfraquecidos do que entrámos”, sustentou o presidente do CDS-PP.

Francisco Rodrigues dos Santos defendeu ainda que o CDS-PP “é a morada da direita popular, dos moderados reformistas, dos responsáveis inconformados, dos governantes cumpridores e dos patriotas sonhadores”. O líder democrata-cristão diz que o partido saiu mais “forte e unido” do congresso de janeiro e que deve agora reafirmar-se como “a fronteira dos extremismos, a âncora da direita do regime e o porto seguro dos valores da democracia cristã”, procurando recuperar esse capital de confiança e credibilidade.

“Somos um partido com projeto, com alma e com raízes e para recuperar a nossa importância eleitoral não temos de mudar de sítio nem querer ser quem não somos. Afirmaremos um partido de mensagens claras, de valores constantes, das pessoas e das liberdades, e personificaremos a Primavera que a direita tem de atravessar para se reinventar e renascer”, sublinhou.

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