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CDS quer maior cooperação com emigrantes empreendedores portugueses para garantir “mais exportação”

Os democratas-cristãos pretendem que sejam criados incentivos para que os jovens com qualificações específicas possam regressar ao país e aí desenvolverem projetos de alta tecnologia com grande capacidade exportadora.
27 Fevereiro 2019, 07h52

O CDS-PP quer que o Governo crie mecanismos de cooperação mais ativa entre as empresas detidas por cidadãos portugueses no estrangeiro e as áreas empresariais existentes no país. Os democratas-cristãos pretendem que sejam criados incentivos para que os jovens com qualificações específicas possam regressar ao país e aí desenvolverem projetos de alta tecnologia com grande capacidade exportadora.

“Não faz sentido que Portugal, que necessita de investimento, desperdice a oportunidade de cooperar com estes cidadãos. Essa cooperação pode desenvolver-se através de plataformas localizadas em áreas empresariais que possam estar em comunicação com as empresas destes portugueses no estrangeiro, ou até por intermédio de parecerias com empresas já existentes”, explica o CDS, no projeto de resolução entregue esta segunda-feira na Assembleia da República.

A bancada centrista recorda que “Portugal, pela sua história, é um país com um grande número de emigrantes”. “Se há séculos atrás os portugueses se deslocaram para outros continentes, como consequência da aposta forte no mar, no século passado, dadas as condições de vida, muitos decidiram procurar oportunidades na Europa. Hoje, muitos daqueles que desenvolvem atividades científicas, acabam por procurar oportunidades em vários países do mundo”, reconhece o CDS, no documento.

Tendo em conta essa necessidade de procurar oportunidades fora do país, o CDS-PP pede que o Governo coopere de uma forma mais ativa com a emigração portuguesa empreendedora. Entre as recomendações dos democratas-cristãos está o apoio a empresários de nacionalidade portuguesa no estrangeiro que pretendam instalar unidades de desenvolvimento do seu produto em Portugal, “sejam elas unidades industriais ou unidades de inovação e conhecimento”.

“Para o CDS, apostar nas pessoas, apostar na confiança que os nossos cidadãos têm no desenvolvimento das suas capacidades, deve ser uma aposta forte, principalmente quando temos a certeza que mais conhecimento e mais tecnologia é sinónimo de mais exportação e mais capacidade futura de resistência a crises financeiras”, explica ainda a bancada centrista.

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