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Centeno ataca “4.750 milhões de euros no éter das contas por explicar” do PSD

Esmiuçando as contas dos adversários, Centeno considera que do lado da receita “faltam 3.900 milhões de euros por explicar no cenário do PSD” e que existe um “subfinanciamento em 2.750 milhões de euros” na despesa prevista.
  • Flickr/MATT WRITTLE
30 Setembro 2019, 13h03

Mário Centeno entrou no duelo das contas e criticou as propostas de Rui Rio e de Miranda Sarmento para as finanças públicas. Numa ação de campanha, em formato de conferência de imprensa, o ministro das Finanças considerou que o cenário macroeconómico que serve de base ao programa dos sociais-democratas se irá traduzir num “regresso aos retificativos” e aos “défices excessivos”.

“Isto é o regresso aos retificativos, porque este cenário tem que ser retificado. Aos défices excessivos porque a economia perante a incerteza destes cenários vai entrar em dificuldades. Temos pelo menos 4.750 milhões de euros no éter destas contas que é necessário explicar. Isto só tem uma consequência: a instabilidade das políticas económicas”, disse Mário Centeno sobre o programa do PSD.

Esmiuçando as contas dos adversários, Centeno sublinhou que, no lado da receita, “faltam 3.900 milhões de euros por explicar no cenário do PSD”.

“Ou seja, a receita é superior em 3.900 milhões de euros. Mesmo que consideremos o crescimento do PIB, que é irrealista, mas se considerarmos que se vai realizar, a receita total que é prevista no programa do PSD está sobrevalorizada em dois mil milhões de euros. Apenas pelo efeito da reação dos impostos, são previstos mais dois mil milhões de euros do que aquilo que a economia portuguesa tem gerado de receita para um determinado crescimento do PIB”, acrescentou.

Na ótica de Centeno, o problema reside ainda num “subfinanciamento em 2.750 milhões de euros” na despesa prevista no programa.

“Se alocarmos os 25% para a redução dos impostos, 25% para o aumento do investimento e aquilo que é necessário alocar para que o saldo orçamental vá desde um défice em 2019 a um superavit em 2023 faltam 2.750 milhões de euros de despesa para justificar”, disse.

Para Centeno, “o PSD faz muitas promessas no investimento nos serviços públicos, na função publica, o aumento das prestações sociais”, no entanto, “estas promessas não casam com a evolução da despesa no cenário do PSD”.

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