A agência Standard & Poor’s alterou hoje de “estável” para “positiva” a perspetiva da notação da dívida pública portuguesa, um ano depois de lhe ter voltado a atribuir o “grau de investimento”.
“A decisão da S&P traduz o compromisso do Governo de prosseguir uma gestão criteriosa das contas públicas e de continuar a promover um crescimento económico sustentável inclusivo, com aumento do emprego e redução das desigualdades”, diz o Ministério das Finanças em comunicado.
O Ministério das Finanças diz ainda que “esta atualização reflete a confiança na sustentabilidade dos progressos registados na evolução da economia portuguesa e na gestão das contas públicas, com destaque para as projeções de um crescimento económico robusto, a diminuição da dívida externa, o dinamismo do setor exportador e a solidez do processo de consolidação orçamental”.
O Governo não valoriza o facto de o rating ter ficado na mesma. A S&P manteve a classificação da dívida soberana em “BBB-“, que é o último nível da categoria de grau de investimento.
A agência elevou o”outlook” de “estável” para “positivo”. Isto é, abre a porta a uma melhoria da notação nas próximas atualizações que vier a fazer à dívida de Portugal.
Sem hesitar, o Ministério de Mário Centeno chamou a estabilidade do setor financeiro aos argumentos que explicam a melhoria da perspetiva.
“De notar também os progressos alcançados no reforço da estabilidade financeira, entre os quais a redução significativa do rácio do crédito mal parado”, diz o comunicado das Finanças
“Este desenvolvimento é o resultado das nossas políticas orientadas para reforçar a confiança dos agentes económicos, estabilizar o sistema financeiro e equilibrar as contas públicas, através do aumento continuado da qualidade da despesa pública”, comentou na nota o Ministro das Finanças, Mário Centeno.
“O Governo tenciona alcançar um orçamento equilibrado no próximo ano e manter a trajetória descendente do peso da dívida pública no PIB, por forma a reforçar a resiliência das contas públicas e da economia portuguesa.”, acrescentou.
A agência de notação financeira Standard & Poor’s, foi a primeira a retirar Portugal do “lixo”, em setembro de 2017.
Das três grandes, só falta a Moody’s [que foi a primeira a colocar Portugal no “lixo”] decidir-se pela colocação da dívida soberana num patamar de investimento de qualidade.
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