Mário Centeno defende que os países da zona euro precisam de tomar medidas para combater o abrandamento económico, que está a ser causado pela incerteza política tanto na Europa como fora.
“Está a durar mais do que o previsto [abrandamento da economia da zona euro]. Devemos agir para combate-lo, especialmente porque a principal razão para este abrandamento é a incerteza política na Europa e fora da Europa: o Brexit, o protecionismo no comércio, a imigração”, disse Mário Centeno em entrevista ao jornal italiano Il Sole 24 Ore, publicado no domingo, 10 de março.
Na entrevista dada na qualidade de presidente do Eurogrupo, o responsável também destacou os “elementos positivos” na economia da zona euro. “Os fundamentais económicos são fortes. Existe um excedente comercial, as finanças públicas estão equilibradas, temos 22 trimestres consecutivos de crescimento económico e criamos nove milhões de novos empregos durante a crise, a taxa de crescimento do investimento está a aproximar-se dos níveis pré-crise”.
Questionado sobre como é que o Eurogrupo poderá reagir se os países pedirem por mais flexibilidade, num momento de abrandamento económico, Mário Centeno diz que “existe espaço de manobra para reagir”.
“Precisamos de fazer isto a um nível coordenado, sabendo que em certos países o espaço de manobra é mais alargado. O pacto de estabilidade oferece um certo grau de flexibilidade. Estou certo que vai ser suficiente para enfrentar este abrandamento. Estamos numa situação diferente face há 10 anos e eu estaria surpreendido em ver a repetição destas circunstâncias excecionais. As ferramentas que temos agora disponíveis vão ser eficazes”, afirmou na entrevista ao jornal transalpino.
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