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Central de gás de Gondomar celebra bodas de prata com olhos postos no hidrogénio verde (com áudio)

Contrato da central da Turbogás à beira Douro termina em 2024, com a empresa a estudar já projetos futuros.
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23 Novembro 2022, 08h15

A central de ciclo combinado da Tapada do Outeiro celebra hoje as suas bodas de prata. Mas o futuro da central vai ter de ser decidido nos próximos dois anos, pois o Contrato de Aquisição de Energia (CAE) termina no final do primeiro trimestre de 2024.

A central é atualmente a maior do país em termos de potência (990 megawatts) e o projeto representou um investimento de 700 milhões de euros. Apesar do primeiro a gás ter tido lugar em dezembro de 1997, a entrada em serviço industrial teve lugar no final de 1999. A efeméride vai ser hoje celebrada num evento que conta com a participação do ministro do Ambiente Duarte Cordeiro.

Para o pós-2024, o “grupo TrustEnergy está a trabalhar no desenvolvimento de um projeto de hidrogénio verde, que a ser implementado, tornará possível a descarbonização gradual da central da Tapada do Outeiro, constituindo-se ainda como um projeto âncora em matéria de produção de hidrogénio verde para outras indústrias”.

A central é detida pela sociedade Turbogás que por sua vez é detida pela TrustEnergy, detida pelos japoneses da Marubeni e pelos franceses da Engie.

“No contexto atual da transição energética, com grande penetração de energia renovável intermitente, a Central da Tapada do Outeiro, desempenha um papel determinante na garantia da segurança do abastecimento, com a sua capacidade de black start após um apagão geral da rede, e no fornecimento de demais serviços essenciais ao sistema elétrico nacional”, destaca a empresa.

“Esta central, reúne as condições técnicas necessárias à implementação das novas tecnologias em desenvolvimento, como a do hidrogénio verde, e passados 25 anos poderá voltar a assumir de novo um caminho pioneiro e imprescindível na transição energética”, defende a TrustEnergy.

A companhia avança que “poderá promover a descarbonização gradual da central da Tapada do Outeiro, constituindo-se ainda como um projeto âncora em matéria de produção de hidrogénio verde utilizável noutros projetos, ao mesmo tempo que poderá continuar a assegurar outras valências, essenciais e indispensáveis a uma gestão eficiente e segura da rede elétrica nacional”.

O projeto de produção de hidrogénio verde em estudo para este local “integrou a candidatura nacional ao IPCEI e foi um dos selecionados pela Fuel Cells and Hydrogen Joint Undertaking para a primeira European Hydrogen Week, que decorreu em finais de 2020, dedicada ao papel essencial do Hidrogénio para cumprir o compromisso da UE de atingir a neutralidade de carbono até 2050”.

“Olhando os anos vindouros com a confiança de um projeto de futuro, a central da Tapada do Outeiro continua a ocupar um papel de destaque em termos da segurança e fiabilidade da rede elétrica nacional”, disse em comunicado José Grácio presidente executivo da TrustEnergy.

A empresa conta com a segunda maior potência instalada em Portugal e é a quarta maior operador eólica, a TrustWind.

A Trustenergy também detém 50% da central a carvão do Pego, a Elecgas com 840 megawatts, com os outros 50% a serem detidos pela Endesa. As duas empresas também eram sócias na central a carvão do Pego, mas a Endesa venceu o concurso para explorar o ponto de ligação que pertencia a esta central.

 

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