[weglot_switcher]

Nuclear espanhol junto a Portugal está para fechar, mas falta lidar com resíduos radioativos

Elétricas espanholas querem prolongar a atividade da central, mas não há acordo com Governo de Pedro Sanchez. Ambientalistas portugueses congratulam-se com decisão, mas alertam que os problemas não vão desaparecer, pois vai ser preciso lidar com os resíduos radioativos.
4 Outubro 2025, 18h05

Atualmente, existem resíduos armazenados de forma temporário junto à central há décadas, para os quais é “preciso uma solução de armazenamento a longo prazo (centenas/milhares de anos), em linha com o desmantelamento e descontaminação da própria central”.

Quando tiver lugar o desmantelamento da central, os “resíduos têm de ir para outro local de armazenamento (também ele temporário) que o governo espanhol tem em fase de planeamento. Como alguns dos resíduos permanecem radioativos por milhares de anos, a solução a mais longo prazo é armazenamento geológico profundo, mas o governo espanhol está longe de avançar com essa infraestrutura”, segundo Miguel Macias Sequeira.

Removidos os resíduos, e desmantelada totalmente toda a central, a descontaminação do local será um “processo caro e longo” antes de se poder dar “outro uso a esse território”.

Mas também exigiu a unanimidade das empresas do sector, mas a proposta para a continuação por parte da Iberdrola e Endesa não contou com o apoio da Naturgy nem da EDP, travando as negociações, destaca o “El Economista”.
As empresas não estão de acordo sobre as alterações fiscais e o Governo rejeita a possibilidade apresentada de usar a taxa aplicadas nas faturas de eletricidade, devido ao défice tarifário, para reduzir os impostos sobre estas centrais.

Existem dois pareceres sobre o encerramento da central que ainda não foram publicados: por parte da Red Eléctrica e por parte do Instituto de Transição Justa, que serão cruciais para as empresas pedirem o encerramento, ou não, da central.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.