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CEO da Boeing continua no cargo apesar dos dois acidentes mortais com os 737 MAX

Dennis Muilenburg prometeu reconquistar a confiança do público, após a reunião anual da transportadora aérea, na qual foi interrogado sobre as falhas que provocaram a queda de dois Boeing 737 MAX que vitimaram quase 350 pessoas.
  • Justin Lane / EPA
30 Abril 2019, 09h38

O CEO e presidente da Boeing, Dennis Muilenburg, vai permanecer no cargo, apesar dos dois acidentes com os modelos 737 MAX, que resultaram na morte de quase 350 pessoas, revela esta terça-feira, 30 de abril, a agência “Reuters”.

A decisão surgiu depois da reunião anual da empresa, com cerca de 150 acionistas. Dennis Muilenburg foi questionado por alguns dos membros acerca dos acidentes e prometeu reconquistar a confiança do público.

A lutar contra a maior crise nos seus quase quatro anos como diretor executivo, Dennis Muilenburg sobreviveu a uma moção dos acionistas para dividir os seus cargos de presidente e CEO da Boeing.

“Estou muito focado na segurança daqui para frente”, afirmou Dennis Muilenburg à imprensa, após a reunião. Questiando sobre se tinha considerado apresentar a demissão, o CEO referiu que “a minha clara intenção é continuar a liderar a questão da segurança, qualidade e integridade”.

No entanto, a Boeing precisará de reconquistar a confiança dos clientes, passageiros e reguladores após os acidentes fatais.

“Sabemos que temos trabalho a fazer para ganhar e reconquistar essa confiança e vamos conseguir”, salientou Dennis Muilenburg antes de encerrar a conferência de imprensa.

Cá fora a família de uma vítima americana, Samya Stumo, de 24 anos, levou um protesto silencioso em frente ao local da reunião em Chicago, enquanto as famílias de outras vítimas dos 157 mortos do acidente com o avião da Ethiopian Airlines 737 MAX a 10 de março.

O avião caiu logo após a descolagem de Addis Ababa, cinco meses depois de uma queda semelhante na Indonésia, que matou 189 passageiros e tripulantes. As ações da empresa, avaliadas em 191 mil milhões de euros, perderam quase 10% do seu valor desde o acidente de 10 de março.

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