As palavras e as expressões que o presidente da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, usou na conferência de apresentação dos resultados da empresa no ano passado foram negativas, traduzindo tristeza, sofrimento, instabilidade, exasperação, mas nada têm nada a ver com as contas do grupo e tudo com a situação política em Portugal.
“O que me deixa um bocado triste é não termos uma mesma visão partilhada em áreas cruciais que todos nós sabemos quais são, na saúde, na justiça, no ensino”, afirmou Pedro Soares dos Santos. “Por não termos uma base de visão partilhada sofremos o que estamos a sofrer este ano em ter mais umas eleições em três anos”, acrescentou. E deixou um repto final: “Por amor de Deus, não fiquemos fora da Europa nesta visão e neste desafio de não nos conseguirmos entender”.
Soares dos Santos apontou a instabilidade nacional como um custo a ultrapassar, que se junta ao da incerteza geopolítica, que impacta a evolução do grupo retalhista, presente em Portugal, mas também na Colômbia e na Polónia, onde se situa a sua maior operação.
“Desde o tempo da Covid-19 e do impacto que teve em toda” a cadeia de abastecimento que o mundo é incerto. “Isso não desapareceu e não vai desaparecer esta instabilidade”, disse.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com