Foi durante uma conferência de imprensa que Michael O’Leary, CEO da Ryanair, alertou para o facto de o Governo britânico continuar a subestimar os riscos do Brexit para as viagens de avião. “Há um risco preocupante de disrupção séria nos voos de e para o Reino Unido em abril de 2019, a menos haja um acordo bilateral até setembro de 2018”, afirmou o CEO da Ryanair, acrescentando: “Tememos que o Governo do Reino Unido continue a subestimar este tipo de disrupção.”
Segundo o Business Insider, Philip Hammond, ministro das Finanças britânico, afirmou no parlamento que os voos de e para o Reino Unido poderão ser cancelados no pós-Brexit, se se “considerar o pior cenário”. Para O’Leary, a indústria aeronáutica precisa que as negociações entre o Reino Unido e a União Europeia sejam clarificadas até ao próximo verão, a altura em que as companhias aéreas publicam os seus calendários para o ano seguinte. “O tempo está a escassear para o Reino Unido desenvolver uma solução bilateral”, alertou O’Leary.
A Ryanair junta-se assim a uma crescente lista de empresas que apelam a que as posições de ambas as partes nas negociações do Brexit sejam clarificadas, no que respeita à possibilidade de um período de transição e aos acordos comreciais futuros. Os responsáveis de cinco lobbies de topo escreveram ao Governo britânico no início do mês de outubro para alertar para o facto de as empresas se estarem a preparar para começar a executar planos de contingência no início do próximo ano, a menos que haja garantia de que serão mantidas relações comerciais com a Europa.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com