O CEO do BCP, Miguel Maya, defende a importância de se promover as reformas necessárias para que as empresas portuguesas sejam competitivas. Perante uma plateia de empresários no Millennium Talks, a decorrer no Pavilhão Carlos Lopes em Lisboa, o CEO do banco defendeu a “capacidade de execução das atuações que fomentem a competitividade do tecido empresarial português, nomeadamente no que se refere à gestão rigorosa dos programas de apoio ao investimento”.
“É tempo de executar de forma exímia o que está nas nossas mãos e fazer acontecer. Mas também é tempo de promover as reformas necessárias para assegurar a competividade das empresas num mundo em profunda transformação em múltiplas dimensões. Temos de exigir de nós e dos nossos governantes uma visão de futuro”, defendeu Miguel Maya.
Para o banqueiro é preciso explicar “pela positiva” as medidas e implementar e com uma “narrativa clara” evitando a retórica de “ou nós ou o dilúvio”, para que os portugueses apoiem as mudanças necessárias.
“Só com prosperidade económica é possível perspectivar com seriedade a melhoria das condições de vida das pessoas”, refere.
Miguel Maya defendeu que é preciso da parte dos governantes “a visão e a coragem para adequar o enquadramento regulatório aos novos tempos, estabelecendo direitos e deveres das partes num contrato social mais justo e equilibrado, mas tendo sempre presente que o mundo empresarial compete à escala global”.
O país tem que ser competitivo ao nível dos fatores determinantes para atração fixação do talento e do investimento em Portugal, defendeu o CEO do Millennium BCP, que sublinhou que “o país tem de ser competitivo ao nível fiscal, o país tem de ver previsível e célere no funcionamento da justiça, tem de ser ágil ao nível do licenciamento dos investimentos, o país tem de ter mais ambição, mais capacidade de inovação, mais capacidade de execução, mais produtividade em suma temos que ser mais competitivos”.
Miguel Maya lembrou os empresários que o custo do crédito já está a baixar. “Já iniciámos um novo ciclo da política monetária, a redução das taxas de juro é já uma realidade, subsistindo incerteza apenas quanto ao ritmo”, disse o CEO do BCP lembrando que em junho o BCE desceu as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, naquela que foi a primeira descida em dois anos.
O banqueiro citou ainda o Governador do Banco de Portugal que recentemente se mostrou confiante quanto à evolução das condições para que a política monetária de redução das taxas de juro continue.
É no entanto preciso “tomar risco” antecipando “contrariedades”, disse o banqueiro aos empresários, prometendo que o BCP está determinado em “apoiar o tecido empresarial”.
Miguel Maya lembrou que Portugal em 2023 na mais recente edição do World Competiviness Ranking do IMD – instituição que há mais de três décadas publica um ranking de competitividade global – subiu três posições, alcançado o 36.º lugar entre 67 países, ficando à frente de países como o Japão, Índia, Espanha ou Itália.
“O reforço da competitividade é um caminho que importa continuar a percorrer com sucesso e do qual todos beneficiaremos: famílias, empresas e Estado”, defendeu o CEO do banco.
O presidente do banco disse que “a evolução da rendibilidade do BCP nos últimos anos tem sido alocada quase integralmente ao reforço da capacidade do Banco apoiar a economia, o que permite dispormos, para além de uma eficiência operativa que é benchmark europeu, de uma situação muito forte quer em termos de liquidez quer em termos de capital” e que “esta evolução sinaliza que o BCP nunca esteve tão bem preparado para vos apoiar”.
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