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CEO do Deutsche Bank procura fusões e aquisições fora da Alemanha

Sewing rejeitou a hipótese de uma fusão com o rival alemão Commerzbank e afirmou estar mais interessado em M&A noutros países da Europa. Acrescentou, no entanto, que “neste momento” é “difícil” encontrar negócios comercialmente atrativos.
  • Kai Pfaffenbach/Reuters
12 Junho 2018, 21h17

O CEO do Deutsche Bank, Christian Sewing, rejeitou a hipótese de uma fusão com o banco rival alemão Commerzbank e afirmou estar mais interessado em negócios de merger and aquisition (M&A) noutros países da Europa, em declarações citadas pela agência Bloomberg.

“A hipótese real de consolidação está em cruzar as fronteiras nacionais na Europa”, disse Sewing, a uma audiência de empresários em Berlim. “Só assim será possível que os verdadeiros campeões europeus se fundam”. O CEO do banco alemão acrescentou, no entanto, que “neste momento” é “difícil” encontrar negócios comercialmente atrativos.

Sewing desvalorizou a “especulação” que indicava uma possível fusão entre o Deutsche Bank e o Commerzbank, noticiada na semana passada pela Bloomberg. Sublinhou considerar que a Alemanha precisa de instituições financeiras domésticas “fortes”.

Já desde o ano passado que a especulação sobre uma fusão entre os dois principais bancos alemães ou com concorrentes internacionais subiu de tom, após a sociedade de private equity Cerberus Capital ter comprado uma participação nos dois bancos.

No primeiro trimestre deste ano, os resultados líquidos do Deutsche Bank caíram para 120 milhões de euros, menos 79% do que no mesmo período de 2017, informou, no final da abril, a entidade bancária. O volume de negócios desceu para 7.000 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, menos 5% do que no mesmo período do ano passado.

O banco atribuiu a queda dos resultados e do volume de negócios sobretudo às diferenças das taxas de câmbio, especialmente a revalorização do euro face ao dólar, e às baixas receitas da banca de empresas e de investimento, adiantou o Deutsche Bank, Depois de anunciar os números, o novo presidente do Deutsche Bank, Christian Sewing, que em 8 de abril substituiu John Cryan, falou em “duras decisões”, incluindo a redução do setor da banca de investimento e uma “nova definição do núcleo” do banco.

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