Portugal arrisca regressar aos saldos orçamentais negativos, avisa o Conselho de Finanças Públicas (CFP), sobretudo caso a execução do PRR prossiga como planeado e os reembolsos do IRS caiam menos do que previsto. Caso se verifique este cenário, o país perde margem de manobra orçamental para fazer face ao expectável abrandamento da economia global, reforçando a necessidade de manter uma postura prudente nos próximos anos.
“Este miniciclo de excedentes orçamentais pode estar a terminar. É esse o alerta que é preciso fazer”, resumiu Nazaré da Costa Cabral, presidente do CFP, após a atualização de projeções macroeconómicas que aponta para o regresso aos défices orçamentais no próximo ano. Na atualização das ‘Perspetivas Económicas e Orçamentais 2025-2029’ publicada ontem, a expectativa de crescimento para 2025 foi cortada em 0,2 pontos percentuais (p.p.) para 2,2% e a do próximo ano em 0,1 p.p. para 2%, refletindo o “contexto de elevada incerteza” a nível global.
Além disso, este ano encerraria com um saldo orçamental nulo, isto num cenário de políticas invariantes, voltando os défices a partir de 2026. Para o próximo ano, o saldo orçamental seria negativo em 1% do PIB, estabilizando nos anos seguintes em 0,6%.
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