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CGD arranca em setembro com revisão da tabela salarial

O Mais Sindicato e Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) revelam que o banco público anunciou ter condições para iniciar o processo negocial de revisão salarial em setembro. Aplaudem iniciativa da CGD que, dizem, surge “depois de muita insistência” dos sindicatos que já tinham apresentado uma proposta de revisão da tabela e cláusulas de expressão pecuniária para 2021.
  • 6 – Caixa Geral de Depósitos
27 Julho 2021, 17h05

O Mais Sindicato (ex-SBSI) e Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) revelam que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou a estas estruturas sindicais ter condições para iniciar em setembro o processo de revisão salarial e cláusulas de expressão pecuniária. Arranque de negociações é sinalizado depois de o Mais Sindicato e o SBC terem apresentado proposta de revisão.

“Finalmente! Depois de muita insistência do Mais Sindicato e do SBC, o banco público anuncia ter condições para iniciar o processo negocial em setembro”, revelam estes sindicatos dos bancários em comunicado, dando conta que “em devido tempo apresentaram à CGD uma proposta de revisão da tabela e cláusulas de expressão pecuniária para 2021”.

Segundo o Mais Sindicato e o SBC, apesar de terem apresentado esta proposta,  contrariamente ao que acontece todos os anos, a CGD não apresentou qualquer contraproposta, reiterando que no contexto atual da sua atividade não estava em condições de desenvolver o processo negocial.

“Os Sindicatos não se deram por vencidos, insistindo na necessidade de avançar com as negociações, de forma a responder aos anseios dos trabalhadores”, acrescentam.

A este respeito, explicam, a 23 de julho a CGD informou que considera ter condições em setembro para apresentar uma contraproposta à proposta sindical de revisão da tabela e cláusulas de expressão pecuniária para 2021, data em que dará seguimento ao processo negocial.

O Mais Sindicato e o SBC dão ainda conta de que informarão os seus sócios do decorrer do processo e garantem que “recorrerão a todos os mecanismos ao seu alcance para que os trabalhadores da CGD vejam as suas remunerações atualizadas”.

Em maio passado, segundo os sindicatos dos bancários, as instituições de crédito (IC) subscritoras do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), bem como a CGD, responderam com uma proposta de revisão salarial de 0%, depois de o Mais Sindicato e o SBC terem apresentado às IC subscritoras de convenções coletivas do setor uma proposta de revisão das tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária.

“Demonstrando mais uma vez a sua arrogância e desrespeito pelos trabalhadores, as IC responderam com a proposta de que as tabelas remuneratórias e as cláusulas de expressão pecuniária permaneçam inalteradas face ao ano transato – ou seja, sem aumentos salariais em 2021”, avançaram na altura estes sindicatos, dando conta de que “para justificar o indefensável, as IC argumentam que os automatismos ainda existentes representam um aumento de massa salarial de 0,7%, embora com impactos distintos em cada banco, além das suas responsabilidades com os Fundos de Pensões”.

Recorde-se que o ACT do setor bancário é subscrito pelas seguintes IC: Banco BPI, o BST, Novo Banco, BNP-Paribas, BBVA, Bankinter, Abanca, Caixabank, Haitong Bank, Banco do Brasil e Banco Credibom.

Também a CGD, que tem um Acordo de Empresa (AE) próprio, respondeu à proposta sindical contrapropondo 0% de aumento salarial.

STEC convoca greve para 9 de agosto

Na semana passada, o sindicato dos trabalhadores do grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC) anunciou que vai convocar uma greve para 9 de agosto, exigindo a negociação da tabela salarial e das cláusulas de expressão pecuniária.

Na reunião de 22 de julho, os delegados decidiram ainda exigir à administração da Caixa, uma “negociação efetiva” da tabela salarial e das cláusulas de expressão pecuniária e repudiar o “clima de medo” no que respeita às relações de trabalho.

Em declarações à Lusa, o presidente do STEC, Pedro Messias, explicou que o sindicato apresentou, em 18 de janeiro, à CGD uma proposta de revisão da tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária, conforme previsto no acordo de empresa.

Segundo a legislação, referiu, Código do Trabalho e acordo de empresa, a CGD deveria ter apresentado uma contraproposta no prazo de 30 dias.

“Mas tal não aconteceu e, na ausência de resposta, o STEC enviou em maio o processo para o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) para abertura do processo de conciliação”, explicou.

Decorridas três reuniões de conciliação no MTSSS, disse o STEC, a CGD continua sem apresentar uma contraproposta para revisão dos salários, considerando que ainda não é oportuna.

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