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CGD reavalia exposição a fundos de recuperação e sofre impacto de 15 milhões nos resultados

No final de 2020, a exposição da CGD aos fundos de reestruturação voltou a ser reavaliada e o seu valor teve “um ajustamento, reduzimos o valor global, com impacto no resultado líquido negativo próximo de 15 milhões de euros”.
11 Fevereiro 2021, 23h20

“Os fundos de reestruturação são avaliados mais do que uma vez pela CGD”, disse Paulo Macedo. Portanto no final do ano, disse, “voltaram a ser reavaliados e tiveram um ajustamento, reduzimos o valor global, com impacto no resultado líquido negativo próximo de 15 milhões de euros”, revelou o presidente executivo da Caixa.

A exposição a fundos de reestruturação caiu 17% para 444 milhões de euros (533 milhões em 2019).  Paulo Macedo explicou que a reavaliação da exposição a fundos de recuperação, feita no último trimestre, provou perdas de 15 milhões de euros.

A ECS pôs à venda três grandes fundos de recuperação onde a CGD tem uma forte exposição. Os fundos foram para o mercado com um net asset value de cerca de 1,5 mil milhões de euros, e há pelo menos, oito fundos internacionais na corrida. O valor final da venda ficará abaixo dos 1,5 mil milhões de euros, segundo fontes do sector.

Recorde-se que a Caixa tem 36,2% do fundo FLIT; 5,9% do Fundo Recuperação Turismo e ainda tem unidades de participação significativas no Fundo Recuperação. Todos estes estão no portfólio da ECS Capital.

A CGD tem exposição a vários fundos de reestruturação e não apenas aos geridos pela ECS Capital. Segundo o relatório e contas tem unidades de participação ainda do Fundo Imobiliário Aquarius; do Oxy Capital, SCR; do Fundo Imobiliário Vega e do Vallis Construction Sector.

Na apresentação de resultados do terceiro trimestre de 2020, Paulo Macedo tinha respondido à questão da exposição do banco a fundos de reestruturação, dizendo que o banco tem uma exposição a esses fundos de 470 milhões de euros, depois de ter feito imparidades no segundo trimestre, e adiantou que reforçou no terceiro trimestre as imparidades em 36 milhões de euros para a exposição a estes fundos.

Segundo a apresentação das contas anuais da CGD, as propriedades de investimento estabilizaram e a exposição a Fundos de Reestruturação diminuiu.

No que toca às propriedades de investimento há uma variação positiva de 2% entre o valor de 186 milhões entre 2019 e 189 milhões em 2020.

Bruxelas impôs à CGD, no âmbito do plano estratégico, a redução dos ativos imobiliários, das propriedades de investimento e dos fundos de reestruturação.

(atualizada)

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