“Os fundos de reestruturação são avaliados mais do que uma vez pela CGD”, disse Paulo Macedo. Portanto no final do ano, disse, “voltaram a ser reavaliados e tiveram um ajustamento, reduzimos o valor global, com impacto no resultado líquido negativo próximo de 15 milhões de euros”, revelou o presidente executivo da Caixa.
A exposição a fundos de reestruturação caiu 17% para 444 milhões de euros (533 milhões em 2019). Paulo Macedo explicou que a reavaliação da exposição a fundos de recuperação, feita no último trimestre, provou perdas de 15 milhões de euros.
A ECS pôs à venda três grandes fundos de recuperação onde a CGD tem uma forte exposição. Os fundos foram para o mercado com um net asset value de cerca de 1,5 mil milhões de euros, e há pelo menos, oito fundos internacionais na corrida. O valor final da venda ficará abaixo dos 1,5 mil milhões de euros, segundo fontes do sector.
Recorde-se que a Caixa tem 36,2% do fundo FLIT; 5,9% do Fundo Recuperação Turismo e ainda tem unidades de participação significativas no Fundo Recuperação. Todos estes estão no portfólio da ECS Capital.
A CGD tem exposição a vários fundos de reestruturação e não apenas aos geridos pela ECS Capital. Segundo o relatório e contas tem unidades de participação ainda do Fundo Imobiliário Aquarius; do Oxy Capital, SCR; do Fundo Imobiliário Vega e do Vallis Construction Sector.
Na apresentação de resultados do terceiro trimestre de 2020, Paulo Macedo tinha respondido à questão da exposição do banco a fundos de reestruturação, dizendo que o banco tem uma exposição a esses fundos de 470 milhões de euros, depois de ter feito imparidades no segundo trimestre, e adiantou que reforçou no terceiro trimestre as imparidades em 36 milhões de euros para a exposição a estes fundos.
Segundo a apresentação das contas anuais da CGD, as propriedades de investimento estabilizaram e a exposição a Fundos de Reestruturação diminuiu.
No que toca às propriedades de investimento há uma variação positiva de 2% entre o valor de 186 milhões entre 2019 e 189 milhões em 2020.
Bruxelas impôs à CGD, no âmbito do plano estratégico, a redução dos ativos imobiliários, das propriedades de investimento e dos fundos de reestruturação.
(atualizada)
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