No dia em que se assinalam 40 anos da assinatura da adesão de Portugal à União Europeia (UE), a CGTP refere que é necessário avaliar as consequências que a “submissão às imposições da UE e do Euro teve para o país e os trabalhadores”.
Em comunicado, a confederação afirma que “ao longo estas quatro décadas, agravaram-se as condições de vida e de trabalho em Portugal e na Europa. Aumentaram a exploração e o empobrecimento dos trabalhadores, aprofundaram-se as desigualdades na distribuição da riqueza entre trabalho e capital, degradaram-se direitos fundamentais”.
Segundo a CGTP, a entrada na UE foi acompanhada de “ataques sucessivos aos direitos laborais e aumento da exploração”. “O programa de agressão da troika (UE, FMI e BCE), subscrito por PS, PSD e CDS, representou a maior ofensiva contra os trabalhadores: facilitaram-se despedimentos, cortaram-se salários, alargaram-se horários, atacaram-se os serviços públicos e penalizaram-se os rendimentos do trabalho com o aumento dos impostos que sobre estes incide”.
“Importa recordar que Portugal aderiu à CEE numa conjuntura de transição, após décadas de fascismo, com uma economia fragilizada, baixos salários e mão de obra pouco qualificada”, refere.
A confederação defende que o abandono da atividade produtiva em vários sectores em Portugal “está intimamente ligado ao processo de integração europeia e à imposição de uma divisão internacional do trabalho que conduz os países periféricos à dependência e ao subdesenvolvimento”.
Perante esta situação, a CGTP afirma que é necessária “uma resposta firme, com uma política de esquerda e soberana. É urgente: Revogar o Pacto de Estabilidade, o Tratado Orçamental e a governação económica da EU”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com