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Charles Michel diz que Orbán “não tem mandato” para negociar com Rússia em nome da UE

A publicação do presidente do Conselho Europeu, na rede social X, surgiu na sequência de notícias sobre uma alegada visita a Moscovo do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
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4 Julho 2024, 19h18

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse hoje que a presidência húngara do Conselho da União Europeia (UE) “não tem mandato para se envolver com a Rússia em nome” dos 27 Estados-membros.

“A presidência rotativa da UE não tem mandato para se envolver com a Rússia em nome da União Europeia”, escreveu Charles Michel na rede social X (antigo Twitter).

A publicação do presidente do Conselho Europeu surgiu na sequência de notícias sobre uma alegada visita a Moscovo do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

O primeiro-ministro húngaro deslocou-se há dois dias a Kiev, pela primeira vez desde o início da invasão russa, e exortou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a considerar um cessar-fogo como maneira de acelerar as negociações para um processo de paz com o Kremlin.

A Hungria iniciou na segunda-feira, dia 01 de julho, a presidência rotativa do Conselho da UE, durante os próximos seis meses.

Na mesma publicação, Charles Michel disse que o “Conselho Europeu é claro: a Rússia é o agressor, a Ucrânia a vítima”.

“Não haverá discussões sobre a Ucrânia que não envolvam a Ucrânia”, declarou.

Questionadas pela Lusa, fontes governamentais em Budapeste não confirmaram a visita de Orbán a Moscovo para um possível encontro com o Presidente russo, Vladimir Putin.

A concretizar-se, a visita de Viktor Orbán será contrária àquela que tem sido a postura de todas as instituições da União Europeia desde o início da invasão russa, no início de 2022.

Viktor Orbán e o seu Governo de extrema-direita são próximos da Rússia de Vladimir Putin. Nos últimos dois anos e meio, a Hungria tem bloqueado pacotes para apoiar a Ucrânia, o primeiro-ministro chegou a expressar que a estratégia para ajudar o país invadido “falhou” e o país acabou por rejeitar continuar a fazer parte do conjunto de países que presta auxílio a Kiev.

É o único país entre os 27 Estados-membros a assumir publicamente a vontade de deixar de contribuir com os esforços económico-financeiros, militares e diplomáticos.

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