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Chefe da diplomacia da UE indigitada aponta defesa e Ucrânia como prioridades

De acordo com as respostas ao questionário que Kaja Kallas, antiga primeira-ministra da Estónia, enviou para os eurodeputados, “reforçar a segurança e defesa” da União Europeia (UE) “é uma necessidade”, já que as duas valências “estão em perigo”.
23 Outubro 2024, 19h52

A próxima alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros apontou a guerra na Ucrânia como prioridade do início do seu mandato e o reforço da defesa nos 27 países do bloco comunitário, mas evitou falar sobre Israel.

De acordo com as respostas ao questionário que Kaja Kallas, antiga primeira-ministra da Estónia, enviou para os eurodeputados, “reforçar a segurança e defesa” da União Europeia (UE) “é uma necessidade”, já que as duas valências “estão em perigo”.

“Precisamos de atuar com urgência. Nos primeiros 100 dias do meu mandato, em conjunto com o comissário de Defesa, irei propor um manual sobre o futuro da defesa europeia”, indicou a também antiga eurodeputada.

O documento que Kaja Kallas vai apresentar vai determinar “os investimentos necessários e apresentará as ideias” para um plano a longo prazo sobre a “construção da UE da Defesa”.

O reforço da defesa nos 27 países do bloco comunitário faz parte da estratégia da alta representante também para a Política de Segurança.

“Estou disposta a estudar, em conjunto com o Conselho [da UE] e os Estados-membros, outras maneiras, concretas, de reforçar o nosso nível em matéria de segurança e defesa”, acrescentou.

Nesse sentido, é necessário fazer uma análise das ameaças que a UE enfrenta “para compreendê-las e responder” da melhor maneira e com a celeridade requerida.

Entre as prioridades está o conflito na Ucrânia, que dura há mais de dois anos e meio. A invasão russa deixou a Estónia ainda mais em alerta, já que é um dos países nas extremidades do bloco comunitário e que faz fronteira com território russo.

Como primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas sempre foi uma das vozes mais contundentes em relação à necessidade de apoiar a Ucrânia. A Estónia foi uma república soviética.

Mas nas respostas que deu, Kaja Kallas não referiu diretamente Israel ou as propostas apresentadas pelo chefe da diplomacia europeia cessante, Josep Borrell, que quer endurecer a palavra da UE em relações às operações militares de Telavive em Gaza e no Líbano.

A próxima chefe da diplomacia dos 27 disse que a UE deveria “continuar com os esforços humanitários, a colaborar com todos os intervenientes [no Médio Oriente] para apoiar uma paz justa e global na região, baseada na solução dos dois Estados [Palestina e Israel]”.

A audição no Parlamento Europeu, em Bruxelas, de Kaja Kallas, para receber uma eventual ‘luz verde’ dos eurodeputados, será no dia 12 de novembro.

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