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Chega propõe criação de grupo de trabalho para “definir e acompanhar” a relação do Estado com a TAP

O partido liderado por André Ventura reconhece que a situação económica da TAP entrou “num estado muito crítico” com a pandemia, mas diz que os contribuintes não devem ser chamados a pagar a fatura em função dos “interesses ideológicos e políticos” do Governo. 
3 Junho 2020, 09h57

O Chega defende a criação de um grupo de trabalho para “definir e acompanhar” a relação do Estado português com a companhia aérea TAP. O partido liderado por André Ventura reconhece que a situação económica da TAP entrou “num estado muito crítico” com a pandemia, mas diz que os contribuintes não devem ser chamados a pagar a fatura em função dos “interesses ideológicos e políticos” do Governo.

Num projeto de resolução entregue esta terça-feira na Assembleia da República, o Chega recomenda ao Executivo de António Costa que seja constituído um grupo de trabalho “com a participação de todos os partidos” com assento parlamentar na Assembleia da República e que integre representantes dos trabalhadores e dos acionistas da TAP, a fim de se discutir a situação financeira da empresa da qual o Estado é o principal acionista.

Para André Ventura, apesar do início da retoma da atividade comercial da aviação civil nacional e internacional, o futuro da companhia aérea é “ainda imprevisível” tendo em conta que “existe ainda o perigo de um segundo surto da Covid-19”, que poderá alargar ainda mais as contas da transportadora. O deputado único e presidente do Chega defende, por isso, que é necessário “fazer aumentar a atenção e a vigilância sobre a companhia”.

Isto depois de a pandemia ter obrigado a TAP a suspender cerca de 95% da atividade operacional e colocar 90% dos trabalhadores em regime de lay-off. “Se a situação económica da TAP já era deveras preocupante, com a questão da pandemia, entrou num estado muito crítico, necessitando, segundo a administração, de uma injeção financeira de 350 milhões de euros, avalizada pelo Governo”, explica.

No entanto, tal como o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, já veio defender os 350 milhões de euros podem não ser suficientes para colmatar as necessidades da empresa.

“Os contribuintes não podem continuar a ser chamados para pagar a fatura dos prejuízos em virtude das perdas impostas por decisões com base em interesses ideológicos e políticos de uma extrema esquerda radical e das lutas internas dentro do governo do PS. A TAP e os seus trabalhadores não podem ser vítimas de caprichos dos infantes de [António] Costa e Marcelo [Rebelo de Sousa]”, defende André Ventura.

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