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Chega quer reuniões no Infarmed pelo menos até ao fim do ano com especialistas aprovados pelo Parlamento

Projeto de resolução apresentado por André Ventura recomenda ao Governo manutenção de reuniões regulares no Infarmed, tendo os partidos políticos como interlocutores cinco especialistas com “objetividade, independência e mérito científico” para acompanhar evolução da pandemia.
  • André Ventura no Infarmed
    FOTO: Presidência da República
9 Julho 2020, 17h28

O deputado único do Chega, André Ventura, apresentou nesta quinta-feira um projeto de resolução que recomenda ao Governo a manutenção das sessões de informação no Infarmed “pelo menos até 31 de dezembro”, ao contrário do que foi anunciado ontem pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à saída da décima apresentação da situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal. Mas é proposto na iniciativa do Chega que os interlocutores dos representantes dos partidos políticos passem a ser sempre cinco especialistas “de reconhecida idoneidade” previamente aprovados pela Assembleia da República.

Segundo a proposta de resolução, o Governo deverá apresentar ao Parlamento os nomes e currículos desses cinco especialistas na pandemia de Covid-19, “segundo critérios de independência, objetividade e mérito científico”. Três qualidades que André Ventura considera essenciais “para a organização e gestão dessas sessões de informação, que não podem jamais ser convertidas em sessões de propaganda governamental”.

No texto apresentado pelo Chega não são poupadas críticas à notícia de que as sessões de esclarecimento até agora realizadas quinzenalmente no auditório do Infarmed seriam canceladas com efeitos imediatos, “resultado da articulação do primeiro-ministro com o Presidente da República”. “Além da evidente falta de comunicação com os restantes partidos parlamentares, no limite de uma grotesca falta de respeito institucional, esta decisão governamental levanta sérias e profundas questões de informação e transparência que, no contexto de pandemia em que vivemos, não são nada tranquilizadores”, alega André Ventura.

Horas depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter anunciado aos jornalistas que as sessões no Infarmed tinham chegado ao fim, no seguimento de declarações do líder social-democrata Rui Rio de que o modelo se tinha esgotado, o primeiro-ministro António Costa garantiu que no final deste mês poderá realizar-se uma nova reunião para apresentar e debater os resultados de estudos sobre imunidade e cadeias de transmissão, tal como “sempre que for necessário”.

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