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Chega rejeita Miguel Albuquerque: “Única forma de governar é com maioria absoluta”

“Caso contrário, não procurem no Chega qualquer apoio”, disse o líder do Chega Madeira, Miguel Castro.
18 Dezembro 2024, 11h21

O líder do Chega Madeira, Miguel Castro, afirma que a “única forma” de Miguel Albuquerque ser aceite, pela força partidária, para governar “é se for legitimado” pelos madeirenses com uma maioria absoluta.

“Caso contrário, não procurem no Chega qualquer apoio”, disse Miguel Castro.

Na terça-feira a Assembleia da Madeira aprovou uma moção de censura, com os votos favoráveis do PS, Juntos Pelo Povo (JPP), Chega, Iniciativa Liberal (IL) e PAN e os votos contra do PSD e CDS-PP. Como consequência o Governo, presidido por Miguel Albuquerque, caiu, o que acontece pela primeira vez na história da Autonomia da Região Autónoma da Madeira.

Com o Governo em gestão e a se seguirem audições das forças partidárias com o Representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, na quinta-feira, um dos cenários em cima da mesa é o de eleições antecipadas. Contudo tal só pode suceder se o Parlamento regional for dissolvido, como referiu o diretor do Departamento de Direito da Universidade Autónoma, Pedro Trovão do Rosário, ao Jornal Económico, a 13 de dezembro. Tomando essa decisão o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, teria um prazo máximo de 60 dias para marcar eleições. Ou seja se a dissolução do Assembleia Regional ocorrer em dezembro as eleições ocorreriam no máximo em fevereiro.

Miguel Castro mostrou-se “totalmente desagradado” e “perplexo” a declarações do líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, que diz ser o “líder de uma oposição cada vez mais frouxa e decadente”, sobre uma eventual aceitação do Chega de Miguel Albuquerque como presidente do Governo Regional.

“É lamentável assistir ao líder socialista a recorrer a retórica vazia e insustentável, alegando que o Chega estaria disposto a apoiar Miguel Albuquerque”, referiu o Chega.

O líder do Chega Madeira considera que Cafôfo “insiste em disparar declarações infundadas” contudo “parece ser perito em atingir os seus próprios pés”.

O Chega Madeira acrescenta que a liderança de Cafôfo revela-se uma “sucessão de erros estratégicos” considerando que a sua credibilidade “está completamente de rastos”, reforçando que o discurso político do líder socialista madeirense “é mais uma demonstração da sua incapacidade de liderar uma oposição firme e coerente”.

Miguel Castro referiu que Cafôfo está “mergulhado em contradições” e “envolto na mentira eleitoral”, tal como Miguel Albuquerque, que “continua a recorrer a promessas vazias e a estratégias de manutenção do poder que ignoram os verdadeiros interesses” dos madeirenses.

O Chega Madeira acrescentou que “não vai pactuar” com “jogadas políticas desonestas nem com lideranças decadentes que prejudicam” a Madeira e o Porto Santo.

“O compromisso do Chega é com os madeirenses, e não com os interesses de um sistema que está a afundar-se nas suas próprias contradições”, disse a força partidária.

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