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China deve avançar com política monetária mais flexível para dar resposta a tarifas dos Estados Unidos

Analistas do Goldman Sachs consideram que esses estímulos, defendidos pela China, podem passar por mais “foco no consumo, na manufatura de alta tecnologia, e na contenção do risco em vez do investimento em infraestruturas e propriedade”.
10 Dezembro 2024, 15h10

A China mostrou disponibilidade em implementar qualquer tipo de estímulo que permita dar resposta ao impacto que as tarifas que o Governo dos Estados Unidos, com Donald Trump, quer impor, avança a agência noticiosa Reuters, que adianta, tendo por base analistas do Goldman Sachs, que esses estímulos podem passar por mais “foco no consumo, na manufatura de alta tecnologia, e na contenção do risco em vez do investimento em infraestruturas e propriedade”.

O Politburo, principal órgão político do partido comunista da China, que lidera o executivo chinês, defendeu uma maior flexibilidade da política monetária e também a implementação de “alavancas fiscais mais proativas”.

O diretor da Gavekal Dragonomics para a China, Christopher Beddor, referiu, citado pela Reuters, que a China “aceitou” o facto de que o rácio entre a dívida e o PIB “vai aumentar ainda mais”.

A Reuters salientou que ainda não é claro qual o nível de flexibilização monetária que a China está disposta a atingir e quanta mais dívida é que o país estaria disposto a emitir.

O economista-chefe do Macquarie para a China, defendeu, citado pela agência noticiosa, que a China “está disposta a fazer tudo o que for preciso para atingir o objetivo do PIB, acrescentando que o país o “deve fazer de forma reativa”.

Larry Hu considerou que o nível de execução ao nível da flexibilidade da política monetária vai depender de dois factores, “a meta do PIB e as novas tarifas dos Estados Unidos”.

A Reuters refere que a China deve manter as suas projeções de crescimento para 2025 e um défice orçamental de cerca de 4%, o que seria o mais elevado de sempre.

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