Numa altura em que a China tem no ativo o aumento da sua influência enquanto potência mundial e a obtenção do primeiro lugar em termos das economias mundiais, a modernização das forças armadas passa a ser um objetivo central, disse o presidente Xi Jinping na qualidade de secretário-geral do Comité Central do Partido Comunista da China, no final de uma sessão da cúpula daquela organização.
Citado por vários jornais, Xi Jinping disse que a defesa e o desenvolvimento do socialismo chinês passa pela garantia da segurança interna e pelo ajustamento das capacidades militares aos objetivos estratégicos nacionais.
Por outro lado, o investimento no setor da defesa permite ainda induzir o crescimento da economia, uma vez que milhares de trabalhadores já fazem ou podem vir a fazer parte das empresas que alinharem nesta estratégia.
O objetivo do crescimento da capacidade militar tem décadas, como facilmente se constata pela história do regime que chegou ao poder em 1949, mas a intenção de Xi Jinping é a de, a partir deste ano, completar a modernização da defesa nacional e das forças armadas, para transformar o exército chinês numa força de classe mundial, segundo os jornais.
O presidente pediu esforços para a implementação dos planos estratégicos concebidos pelo Comité Central do PCC e pela Comissão Militar Central sobre a modernização da defesa nacional e das forças armadas, para garantir os objetivos propostos.
Xi Jinping disse que a segurança do país enfrenta crescentes incertezas e poderosos fatores de desestabilização, pelo que a missão de modernização das forças armadas assume caráter de urgência. O presidente referiu ainda que este plano estratégico assumirá um foco especial no 14º Plano Quinquenal (2021-2025), que se encontra em preparação.
Entretanto, a China está determinada em defender a sua própria soberania e segurança e em manter a paz e estabilidade no Mar do Sul da China, apesar das tentativas dos Estados Unidos de provocarem atritos na região, disse um porta-voz do Ministério da Defesa da China.
Comentando o envio de dois porta-aviões norte-americanos para o Mar da Sul da China para exercícios, Ren Guoqiang, citado por vários jornais, disse que as ações dos Estados Unidos “expuseram a sua mentalidade hegemónica”. E não deixou de adiantar que a China tem soberania indiscutível sobre as ilhas do Mar do Sul e suas águas adjacentes, baseada em “evidências históricas e jurisprudenciais suficientes”.
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