Investigadores e dirigentes de universidades e de centros de investigação reunidos na plataforma “Pela Ciência” enviaram esta quarta-feira, 10, aos partidos da Assembleia da República e à Presidência da República a compilação de 190 artigos publicados desde agosto contra o Decreto-Lei do Governo que determina a extinção da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e a integração das suas competências na ANI – Agência Nacional de Inovação.
Para os cientistas, que “a fusão FCT/ANI não foi recebida como uma mera reorganização administrativa, mas como uma rutura estrutural com o modelo de ciência desenvolvido em Portugal nas últimas décadas, baseada numa visão enviesada do que é a ciência”.
Segundo os investigadores e dirigentes universitários, “os argumentos contra a fusão são consistentes e transversais: começam na forma – falta de democracia e de diálogo –, passam pelo conteúdo – perigo de mercantilização da ciência e perda de autonomia – e terminam nas condições da sua concretização: riscos operacionais, falta de estudos técnicos e incerteza orçamental”.
O anúncio da extinção da FCT em julho levou os subscritores a fazer vários apelos ao Governo para que não prossiga com as mudanças previstas. Argumentam “que a nova agência nascerá com um défice de confiança significativo por parte da comunidade que pretende servir”.
A extinção da FCT insere-se na reforma do sector da educação, ensino superior e ciência anunciado pelo ministro Fernando Alexandre no dia 31 de julho.
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