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Água volta a ser tema central da cimeira ibérica

Durante a cimeira vão ser assinados acordos no âmbito da Convenção de Albufeira, que prevê a proteção das águas das bacias hidrográficas partilhadas entre os dois países, assim como promove a utilização sustentável e coordenada das águas.
23 Outubro 2024, 07h30

A água vai ser o tema central da 35.ª Cimeira Luso-Espanhola, que se inicia esta quarta-feira, 23 de outubro, em Faro, e que conta com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do líder do governo espanhol, Pedro Sánchez.

O tema do encontro é “Água um bem comum”, que mostra como a gestão dos recursos hídricos se tornou a principal questão entre os dois países da Península Ibérica.

Durante a cimeira vão ser assinados acordos no âmbito da Convenção de Albufeira, que completa 26 anos em novembro e que prevê a proteção das águas das bacias hidrográficas partilhadas entre os dois países, assim como promove a utilização sustentável e coordenada das águas. Deverão ser assinados em Faro entre nove e 11 acordos.

Os caudais dos rios voltarão a ser discutidos, sendo definidos caudais mínimos para o rio Tejo e caudais ecológicos para o rio Guadiana.

Esperam-se também desenvolvimentos nos projetos da Ponte de Alcoutim — Sanlucar de Guadiana e da Ponte Internacional sobre o Rio Sever, que já tiveram ‘luz verde’ do Governo espanhol para avançar.

Também as ministras do Ambiente, Maria da Graça Carvalho e a homóloga espanhola Teresa Ribera, fizeram um anúncio no último encontro de que nesta cimeira iram ser assinados acordos definitivos sobre o pagamento a Portugal da água captada pelos agricultores espanhóis no Alqueva, seguindo as mesmas condições e preços que os agricultores portugueses.

Segundo a “Lusa”, os acordos assinados durante esta cimeira são os acordos “mais importantes” relativos à água dos últimos 25 anos.

Além da presença dos dois chefes de Governo, deverão também estar presentes 13 governantes portugueses e 12 espanhóis.

A última cimeira ibérica teve lugar em Lanzarote, tendo decorrido a 14 e 15 de março do ano passado, com foco especial na cultura e na figura do escritor português, José Saramago, Nobel da Literatura, que viveu na ilha.

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