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Cinco em cada oito empresas portuguesas antecipam crescimento de receitas

“Apesar de um otimismo mais moderado, Portugal acompanha a tendência europeia no crescimento de negócios, com 62,5% das empresas nacionais a anteciparem um aumento de receitas e 78% uma subida de lucros ao longo de 2025”, refere o barómetro europeu da ERA Group, consultora especializada em otimização de custos e processos.
2 Junho 2025, 23h24

A conclusão é de um estudo realizado pela ERA Group que destaca a confiança das empresas portuguesas perante atual contexto económico.

O estudo diz ainda que o crescimento das empresas portuguesas é mais moderado do que no contexto europeu, conclui o estudo.

“Apesar de um otimismo mais moderado, Portugal acompanha a tendência europeia no crescimento de negócios, com 62,5% das empresas nacionais a anteciparem um aumento de receitas e 78% uma subida de lucros ao longo de 2025”, refere o barómetro.

De acordo com a sondagem, 5 em cada 8 dos inquiridos está a enfrentar o novo contexto geopolítico com otimismo e confiança redobrada, vendo na gestão de custos uma ferramenta estratégica para impulsionar a resiliência, agilidade e competitividade do negócio. Os setores do retalho e distribuição (95%), da construção (93%) e da manufatura (88%) destacam-se como os mais otimistas.

A ERA Group refere que “num contexto geopolítico e macroeconómico desafiante, as empresas têm demonstrado uma abordagem mais estratégica e adaptada, apostando num crescimento rentável e em ferramentas-chave como a inovação, automação e sustentabilidade para o sucesso e resiliência do negócio”.

Tal como acontece em relação à generalidade das empresas europeias, que preveem um crescimento das receitas (73%) e nos lucros (93%), a análise efetuada pela consultora conclui que o panorama empresarial português “tem perspetivas bastante positivas para este ano, que está a ser redesenhado pela resiliência, reinvenção e força regional”.

Desta forma, em vez de medidas pontuais ou reativas, os gestores executivos “estão a privilegiar uma abordagem estruturada, com foco na inovação e reinvestimento”, refere a consultora.

O estudo indica ainda que 95% dos inquiridos afirmam estar a canalizar lucros para financiar a transformação interna, através da adoção de tecnologias como a Inteligência Artificial, da aposta em práticas mais sustentáveis e da reorganização das cadeias de abastecimento com foco na eficiência e proximidade geográfica.

O estudo feito no âmbito da Gestão de Custos, oferece uma visão global de 1.500 decisores empresariais de toda a Europa, a maioria de pequenas e médias empresas, sobre a evolução da estratégia empresarial, tendo em conta a persistente volatilidade dos custos, os desafios operacionais e as incertezas geopolíticas.

João Costa, country manager da ERA Group diz que “o verdadeiro desafio na gestão de um negócio está, muitas vezes, em investir e equilibrar a necessidade de responder a prioridades complexas. Só com uma abordagem holística é possível antecipar riscos, identificar margens de eficiência e direcionar investimento para áreas com maior potencial de crescimento. Como destacado pelo estudo, as empresas mais resilientes são precisamente aquelas que encaram a gestão de custos como um pilar estratégico do seu desenvolvimento”.

Por outro lado, a crescente instabilidade nas políticas comerciais internacionais é motivo de preocupação para mais de metade dos inquiridos, segundo o barómetro.

Ainda assim, o estudo mostra que, para muitas organizações, sobretudo de menor dimensão ou com cadeias logísticas mais locais, estas alterações representam uma oportunidade estratégica para uma readaptação do modelo de negócio, por meio de estratégias que lhes permitam reduzir a dependência de mercados externos e aumentar a agilidade operacional em contextos de incerteza global.

“A aposta na formação e capacitação dos colaboradores, na diversificação de produtos e numa maior autonomia na gestão da cadeia de fornecimento reforça esta estratégia de adaptação ativa e revela uma mudança clara de mentalidade no tecido empresarial nacional”, refere a ERA Group.

Entre as principais abordagens adotadas estão a otimização das cadeias de abastecimento, a revisão do portfólio de produtos, a reestruturação do modelo operacional, e a melhoria nos serviços de atendimento ao cliente e nas áreas de vendas e marketing, conclui.

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