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CIP e ISEG projetam que economia nacional tenha crescido 0,6% no segundo trimestre

O barómetro conjunto das duas entidades fala de um “desempenho positivo dos sectores do comércio a retalho, dos serviços e, com menor expressão, da produção industrial e do sector da construção” que ajuda a projetar um segundo semestre mais positivo do que o primeiro.
Lisboa
29 Julho 2025, 12h24

A economia portuguesa recuperou algum fôlego no segundo trimestre, invertendo parcialmente a fragilidade com que arrancou o ano apesar do desafiante contexto internacional, destaca o barómetro da CIP e ISEG. Houve melhorias sectoriais abrangentes que incluem a confiança dos consumidores e tal permite projetar um crescimento em torno de 1,7%, apesar dos riscos evidentes.

O barómetro conjunto da CIP e ISEG estima um crescimento em cadeia do PIB no segundo trimestre de 0,6%, o que corresponderia, em termos homólogos, a uma aceleração para 1,8%. Tal é resultado de um “desempenho positivo dos sectores do comércio a retalho, dos serviços e, com menor expressão, da produção industrial e do sector da construção”, detalha a nota, o que permite perspetivar um segundo semestre mais favorável do que o primeiro.

A expectativa passa assim por um crescimento entre 1,5% e 1,8% na totalidade do ano, muito à boleia de “um desempenho favorável da procura interna, reforçada pelo aumento do rendimento disponível das famílias que resultará das medidas orçamentais aprovadas, bem como pela manutenção do investimento privado e público”.

Recorde-se que o Parlamento aprovou recentemente a descida do IRS proposta pelo Governo, que visa conferir mais rendimento disponível às famílias, bem como do IRC, medidas que têm como objetivo explícito aumentar o potencial da economia nacional.

Ainda assim, esta projeção obriga a crescimentos em cadeia na ordem dos 0,4% a 0,8% no terceiro e quarto trimestres, detalha o barómetro, um valor que, não sendo irrealista, se pode provar difícil de atingir caso a volatilidade internacional se agrave consideravelmente.

“O consumo privado, sustentado no bom desempenho do sector do comércio a retalho e dos serviços, deverá crescer em cadeia, beneficiando de um mercado de trabalho estável e resiliente”, projeta o documento. “Quanto ao investimento, depois de um trimestre marcado pela tendência de reposição de stocks, a formação bruta de capital fixo deverá apresentar um contributo positivo para a variação em cadeia”, continua.

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