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CIP vê economia a regressar ao crescimento no segundo trimestre

A expectativa dos patrões é que o PIB avance entre 0,2% e 0,4% em cadeia no segundo trimestre, o que ajudaria o país a fechar o ano com um crescimento entre 1,4% e 1,7%. Consumo privado e investimento serão os principais motores, enquanto a componente externa é a maior ameaça.
26 Junho 2025, 12h53

A economia portuguesa deve crescer entre 0,2% e 0,4% no segundo trimestre, projeta a CIP – Confederação Empresarial de Portugal, o que ajudaria a reverter parcialmente a queda no arranque do ano. Perante esta primeira metade de 2025, a expectativa é que o PIB cresça entre 1,4% e 1,7% à boleia do consumo privado e do investimento.

O Barómetro da CIP/ISEG de junho destaca o expectável regresso ao crescimento da economia nacional no segundo trimestre, isto apesar da contração de 0,5% em cadeia nos primeiros três meses e de indicadores prospetivos tendencialmente negativos em abril. A CIP reconhece que os “indicadores compósitos de atividade evidencia uma tendência de desaceleração homóloga, [mas] a leitura dos indicadores de confiança, sentimento e clima económicos, referentes a abril e – sobretudo – maio, antecipa uma aceleração da atividade económica que se materializará no regresso ao crescimento do PIB em cadeia já neste segundo trimestre”.

Para o ano completo, a expectativa dos patrões é que “o crescimento da economia portuguesa beneficie da aceleração da procura interna, num contexto de elevada incerteza para as exportações portuguesas”.

“Em particular, o investimento privado deverá acelerar, impulsionado pela execução dos fundos do PRR, acompanhando a tendência já observada no investimento público”, lê-se no documento publicado esta quinta-feira.

Do lado da procura, a recuperação será baseada “em menores custos de financiamento e num mercado de trabalho resiliente, com o crescimento das remunerações a beneficiar do menor desfasamento entre os vários indicadores de oferta e procura”. Esta dinâmica poderá ser ainda mais notória com a recente proposta do Governo para um alívio no IRS, que dotará as famílias de mais rendimento disponível.

Ainda assim, a componente externa apresenta o maior risco negativo, dada a incerteza global e a possibilidade de a Europa enfrenta tarifas consideráveis impostas pelos EUA.

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