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Cisco lucra mais do que o esperado, despede 7% dos trabalhadores e brilha em Wall Street

As ações da tecnológica norte-americana, especializada em redes e equipamentos de comunicações, estão a caminho do melhor dia desde março de 2020, que marcou o início da pandemia de Covid-19.
15 Agosto 2024, 18h30

As ações da Cisco estão a valorizar mais de 7% esta quinta-feira e caminham para o melhor dia desde março de 2020, um dia depois de a tecnológica norte-americana ter publicado resultados que surpreenderam o mercado e anunciado que iria cortar 7% da força de trabalho global.

Na bolsa de Nova Iorque, por volta das 18h00 (hora de Lisboa), a empresa de redes e equipamentos de comunicações estava a valorizar 7,19% para 48,71 dólares. É uma recuperação em Wall Street, onde o panorama não tem estado incrível para a empresa de San José, uma vez que só este ano os títulos caíram 10%.

A Morgan Stanley recomenda a compra de ações da Cisco. “A superação do ano fiscal de 2024 da Cisco e os números de encomendas melhores do que o esperado foram um alívio e apoiaram a recuperação da Cisco em padrões mais previsíveis após quase quatro anos de disrupção”, escreveram os analistas numa mensagem enviada aos investidores e divulgada pelo canal “CNBC”.

Ontem, a Cisco publicou os resultados financeiros do quarto trimestre e do ano fiscal de 2024, terminado a 27 de julho, e informou que iria fazer mais despedimentos, seis meses após ter eliminado mais de quatro mil postos de trabalho.

Em causa está uma queda de 45% nos lucros do trimestre para 2,2 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros) e ume redução de 10% nas receitas para 13,64 mil milhões de dólares (12,43 mil milhões de euros). Ainda assim, estes números ficaram acima das estimativas dos especialistas, que apontavam para vendas de apenas 13,54 mil milhões de dólares.

“No nosso quarto trimestre, observámos uma procura constante por parte dos clientes, com um crescimento de encomendas em toda a empresa, à medida que os clientes confiam na Cisco para ligar e proteger todos os aspetos das suas organizações na era da Inteligência Artificial [IA]”, comentou o presidente e CEO da Cisco, Chuck Robbins, na mensagem publicada com o relatório e contas.

“A receita, a margem bruta e o lucro por ação no quarto trimestre estavam no limite máximo ou acima do nosso intervalo de orientação [guidance], demonstrando a nossa disciplina operacional. À medida que procuramos desenvolver o nosso desempenho, continuamos focados no crescimento e na execução consistente, investimos para vencer na IA, cloud e cibersegurança, mantendo, simultaneamente, os retornos de capital”, destacou o diretor financeiro, Scott Herren.

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