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“Clima de incerteza política representa um risco significativo para a confiança dos consumidores”

Distribuidores de Produtos Alimentares estão preocupados com a instabilidade política e apela ao sentido de responsabilidade dos agentes políticos para garantir “estabilidade” económica e social.
10 Março 2025, 11h20

Só um ‘milagre’ impedirá a queda do Governo e a consequente marcação de eleições antecipadas, mas, do lado dos vários agentes da economia portuguesa, sucedem-se os apelos à responsabilidade. Em comunicado, a Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA) manifesta a sua “preocupação face à instabilidade política” que se vive e “apela ao sentido de responsabilidade” dos políticos de modo a “garantir a governabilidade do país e a estabilidade económica e social”.

Assinalando que o setor do comércio alimentar “desempenha um papel essencial no abastecimento da população, na dinamização da economia nacional e na sustentabilidade do comércio de proximidade”, a associação alerta que “o atual clima de incerteza política representa um risco significativo para a confiança dos consumidores”, mas também para “o investimento empresarial e para a previsibilidade das políticas públicas necessárias ao desenvolvimento do setor”.

Na mesma nota, a ADIPA destaca “a necessidade de um compromisso alargado as forças políticas, centrado na defesa da estabilidade económica, na criação de condições favoráveis ao crescimento das empresas e no reforço da resiliência do tecido empresarial”, considerando ser “fundamental que sejam asseguradas políticas claras e eficazes, que promovam um ambiente de negócios favorável, a competitividade das empresas e a segurança no abastecimento alimentar”. Reforça, por fim, o apelo ao “diálogo construtivo, à responsabilidade e ao sentido de Estado de todos os decisores políticos, de forma a garantir que Portugal continue a avançar num quadro de estabilidade e crescimento sustentável”.

Um pedido que se junta anteriormente feito pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP). Perante a possibilidade do país ir a votos, Armindo Monteiro apelou às lideranças de todos os partidos com assento parlamentar para que encontrem “uma solução que evite eleições antecipadas e permita a Portugal, às empresas e às famílias continuarem empenhados na procura do seu desenvolvimento e progresso, num contexto de normalidade democrática”.

A crise política desencadeada pela polémica relacionada com a empresa da família de Luís Montenegro (a Spinumviva) terá como desfecho inevitável a convocação de eleições antecipadas, já que a moção de confiança apresentada pelo Governo vai ser rejeitada no Parlamento amanhã.

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