A população de hipopótamos na Colômbia começou a ser esterilizada pelas autoridades locais, como forma de controlar esta comunidade que conta atualmente com 90 membros.
Os dois primeiros animais desta população chegaram à Colômbia ilegalmente na década de 80 quando o traficante Pablo Escobar (à esquerda na foto, ao lado do sicário Popeye) os importou de África para o seu zoo privado.
As autoridades estão a disparar dardos com um produto químico que os vai tornar inférteis, semelhante ao usado no controlo de população de renas, segundo a “Reuters”.
Os primeiros hipopótamos viviam na Hacienda Nápoles, a quinta de luxo do barão da droga, localizada a 250 quilómetros a noroeste da capital do país, Bogotá.
Pablo Escobar foi morto pela polícia colombiana em 1993 durante uma fuga. Mais tarde, as autoridades apreenderam esta quinta. Os diversos animais exóticos que aí viviam, cerca de 200, foram distribuídos por vários zoos em todo o país, à exceção dos hipopótamos.
“Era logisticamente difícil transportá-los, então as autoridades deixaram-nos lá, pensando que provavelmente os animais morreriam”, disse à “BBC” o biologista colombiano Nataly Castelblanco.
Mas sem predadores naturais na América do Sul, a comunidade cresceu e foi se espalhando ao longo do rio Magdalena, um dos principais do país.
A existência de uma grande população acarreta vários riscos, segundo os especialistas. Os seus resíduos destruem os ecossistemas fluviais, afetando a fauna e flora, os animais podem atacar pessoas e colheitas, podem afastar espécies nativas que já se encontram em risco de extinção.
Pablo Escobar continua a ser o traficante de droga mais famoso em todo o mundo, apesar de ter morrido há quase 30 anos. A série Narcos reforçou esta notoriedade, e apresentou-o às gerações mais novas, onde o traficante foi interpretado pelo ator brasileiro Wagner Moura (Cidade de Deus).
Apesar da sua fama durante a vida e pós-morte, o líder do cartel de drogas de Medellín foi o responsável por 4.000 homicídios, incluindo de civis, assim como raptos e ataques à bomba.
Em 1987, a revista Forbes fez uma capa com o traficante onde destacava que era o “homem mais rico do mundo”, devido à exportação de cocaína para os Estados Unidos. A sua riqueza era então estimada em dois mil milhões de dólares, com a revista a calcular que o seu cartel tinha lucrado, pelo menos, sete mil milhões de dólares entre 1981 e 1986.
Além de Escobar, a revista colocava outro colombiano na lista dos mais ricos do mundo: Jorge Luis Ochoa-Vasquez, que, em conjunto com os seus irmãos, detinha 30% do cartel de Medellín, com Escobar a deter 40%.
O traficante vivia sob o lema “plata o plomo”, dinheiro ou tiros. Preso em 1991 pelas autoridades colombianas, ficou a viver na sua casa – com o nome de La Catedral – com direito a inúmeros luxos. Os Estados Unidos tentaram por diversas vezes extraditar o traficante, mas sem sucesso.
Em La Catedral, Escobar contava com uma discoteca, sauna, queda de água e campo de futebol, incluindo telefones, computadores e faxes. Apesar de estar em prisão domiciliária, continuava a liderar o cartel de Medellín.
No entanto, depois de ter torturado e morto dois membros do cartel em La Catedral, as autoridades decidiram transferi-lo para um prisão. Antes da transferência, o traficante escapou em 1992, tendo mais tarde sido morto pelas autoridades.
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