Um ano depois do início de funções como líderes da Uría Menéndez – Proença de Carvalho, Bernardo Diniz de Ayala e António Villacampa Serrano revelam nesta entrevista ao Jornal Económico os desafios e as prioridades da sociedade de advogados para os próximos anos.
Cumprem um ano de liderança de bicéfala. Como tem sido liderar um escritório destes em conjunto?
Bernardo Ayala (B.A.): É muito fácil em conjunto e, além disso, um prazer muito grande. A experiência tem sido absolutamente extasiante. Eu e o António Villacampa herdámos uma casa bem montada, eficiente e com um posicionamento no mercado já muito interessante. Já trabalhamos juntos há mais de 10 anos e, aquilo que nós fizemos este ano, foi de facto unir esforços para em conjunto continuarmos a navegar este barco. Ao longo destes 12 meses, tivemos decisões importantes, estratégicas e, se eu bem me recordo, não estivemos em desacordo uma única vez. Temos, obviamente, diferença de perspetiva na abordagem aos temas, mas estamos completamente alinhados do ponto de vista estratégico e do ponto de vista da repartição de trabalho, solidariedade e lealdade total. É um processo de confirmação da sintonia que nos tem orientado. O António e eu sentimo-nos muito privilegiados porque temos um coletivo de sócios muito unido e coeso. Nós não temos de fazer face a uma dificuldade que poderia existir noutros sítios, como a de unificar algo que tivesse a partir em direções diferentes. Aquilo que nós temos hoje em dia é um coletivo de 20 sócios em Portugal, extraordinariamente coesos, com visões nem sempre coincidentes mas a funcionar muito bem num quadro de pluralismo e a remar para o mesmo lado.
Antonio Villacampa (A.V.): Como o Bernardo Ayala disse, já tínhamos uma casa muito bem arrumada. É também preciso reconhecer o mérito e o trabalho do Duarte Garin [anterior sócio diretor] nos últimos anos, que identificou oportunidades. A mudança de sede foi um dos factos mais marcantes da nossa direção, porque tem permitido às pessoas que trabalham no escritório ter ótimas condições de trabalho. É preciso reconhecer esse mérito ao Duarte. Em relação ao trabalho conjunto de Bernardo e ao meu há uma ótima sintonia pessoal e profissional. Era previsível que as coisas corressem bem e correram mesmo muito bem.
Então para onde remaram, para tornar a firma mais forte?
A.V. O que nós sentimos e o que de facto nos diferencia no mercado português, é que somos uma equipa bastante homogénea, onde todos os sócios contribuem para a performance do escritório. A mesma coisa aplica-se aos diferentes departamentos e às equipas. Não estamos na corrida do tamanho como as outras firmas. O nosso desafio é sermos produtivos, rentáveis e dar a maior qualidade de serviço aos clientes. Quando nos tornarmos diretores da firma procurámos melhorar a qualidade de vida das pessoas e esse foi o nosso principal objetivo, mantendo os mesmo níveis de produtividade e de rentabilidade. As oportunidades de carreira existem e nos últimos quatro ou cinco anos temos feito muitos sócios novos, homens e mulheres. Os últimos começaram como estagiários dentro do escritório e isso é das melhores mensagens que a organização pode receber. Se eu tivesse de escolher a melhor qualidade desta firma é o talento jovem e os advogados que temos atualmente no escritório. Esta firma, dentro de cinco ou 10 anos, será ainda melhor do que é hoje em dia.
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