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À espera de fumo branco no Conclave para a eleição do novo Papa

O Conclave começou ontem, com a entrada dos cardeais na Capela Sistina, em isolamento total. Participam 133 cardeais eleitores e terá de haver uma maioria de dois terços para eleger o novo Papa.
Lusa
8 Maio 2025, 07h00

A sucessão de Francisco está nas mãos de 133 cardeais que vão seguir os rituais precisos da Santa Sé em contexto de silêncio, na Capela Sistina. O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e um dos favoritos para suceder a Francisco, presidiu ao Conclave. No processo de eleição do novo Papa, os cardeais devem escrever o nome de uma forma que não seja possível identificá-los e dobrar o papel duas vezes. Na metade superior do boletim está escrito em latim “Eligio in Summum Pontificem” (em português: Eu elejo como Sumo Pontífice) e abaixo há um espaço destinado a escrever o nome da pessoa escolhida.

Após a primeira ronda de votação, seguir-se-ão quatro rondas diárias (duas de manhã e duas à tarde) até que um cardeal receba a maioria de dois terços necessária (ou seja 89) para ser eleito Papa. Da Capela Sistina só sairá fumo caso haja uma eleição confirmada. Se for preto, quer dizer que os cardeais não chegaram a nenhuma escolha, se for branco, quer dizer que há um novo Papa. Durante os próximos dias, os cardeais não podem ler jornais, ouvir rádio ou ver televisão. O acesso à Internet está também proibido, assim como o uso de telefones, a não ser que haja “razões muito graves e urgentes”.

O madeirense José Tolentino de Mendonça, nascido em 1965, em Machico, está entre os favoritos para chegar a Papa. O atual prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação. Viveu em Angola até aos nove anos e foi ordenado padre em 1990 pela Diocese do Funchal, concluindo o mestrado em Ciências Bíblicas em 1992. Em 2010 foi nomeado reitor da Capela do Rato, um trabalho que conciliou com a carreira de docente universitário e de poeta galardoado. Em 2018 foi elevado a bispo, subindo a cardeal no ano seguinte. Em 2020,  recebeu o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva.

Além dos quatro cardeais eleitores portugueses – António Marto, Américo Aguiar, Manuel Clemente e Tolentino de Mendonça – existem outros nove lusófonos: sete brasileiros, um cabo-verdiano e um timorense.

 

 

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