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“Comércio já não é motor de crescimento”. Exportações alemãs voltam a cair em maio

“As fricções na cadeia de abastecimento, uma economia mundial mais fragmentada e uma China cada vez mais capaz de produzir bens que antes comprava à Alemanha são fatores que pesam sobre as exportaciones alemãs”, explica Carsten Brzeski, de ING.
4 Julho 2023, 08h39

As exportações alemãs continuam a demonstrar um comportamento irregular com uma queda de 0,1% em maio, isto depois de uma recuperação ligeira em abril que se seguiu a uma forte queda neste indicador em março, de acordo com dados avançados pelo Destatis, o INE alemão.

Em comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas internacionais da Alemanha demonstraram uma quebra de 0,7%. Já no que diz respeito às importações, estas registaram um aumento de 1,7% depois de uma quebra em abril. Assim, a balança comercial sofreu uma redução em maio para os 14,4 mil milhões de euros.

“Desde o verão passado, as exportações alemãs têm-se demonstrado extremamente voláteis. A tendência generalizada aponta para uma descida e não para um crescimento. O comércio já não é o motor de crescimento forte e resistente da economia alemã e passou a ser apenas um vislumbre daquilo que era”, avança um analista do ING.

“As fricções na cadeia de abastecimento, uma economia mundial mais fragmentada e uma China cada vez mais capaz de produzir bens que antes comprava à Alemanha são fatores que pesam sobre as exportações alemãs”, explica Carsten Brzeski, de ING.

“A muito curto prazo, a debilidade em curso nas carteiras de pedidos de exportação, o arrefecimento previsto da economia norte-americana (que representa aproximadamente 10% do total das exportações alemãs), a elevada inflação e a grande incerteza vão repercutir-se claramente nas exportações alemãs”, vaticina este especialista.

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