Poucas consequências deverão resultar da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à tutela política da gestão da TAP, que decorre desde março. Os trabalhos terminaram esta quinta-feira, num coro exaltado de críticas por parte dos partidos da oposição, que acusam o PS de proteger o Governo no relatório final da CPI, que à hora de fecho desta edição ainda está a ser discutido na Assembleia da República.
Do documento faltava, na opinião dos partidos, um aprofundar de certos episódios e questões centrais da CPI, nomeadamente das audições sobre os acontecimentos de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas. A deputada socialista Ana Paula Bernardo, responsável por redigir o relatório, diz que “nada foi branqueado” e que todos os factos “estão lá” e que cabe a cada um “tirar as suas conclusões”. Ana Paula Bernardo falava do capítulo 5 do relatório preliminar, que diz ter sido “o mais criticado”. Esse capítulo avalia a interferência política na gestão da companhia aérea e refere alguns exemplos: a intervenção do secretário de Estado Hugo Santos Mendes no pedido de mudança de um voo, a renovação da frota automóvel ou a gestão da saída de Alexandra Reis. Sobre isto, diz a deputada relatora: “Não é correto dizer-se que o relatório é omisso nestas matérias. Nada foi branqueado, nem escondido. Os factos estão lá e cada um pode tirar as suas conclusões. Podem discordar, mas não podem concluir o que não nos foi dito”, sublinha.
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