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Comissão Europeia disponível para discutir “renúncia” de patentes das vacinas contra a Covid-19

“A União Europeia está pronta para discutir quaisquer propostas para endereçar a crise de maneira eficaz e pragmática”, disse a presidente da Comissão Europeia no Twitter e também num discurso no Instituto Universitário Europeu de Florença.
  • Olivier Hoslet / EPA
6 Maio 2021, 10h41

A União Europeia está disposta a renunciar aos direitos de propriedade intelectual das vacinas criadas para combater a Covid-19, apoiando os Estados Unidos, assumiu Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na rede social Twitter.

“A União Europeia está pronta para discutir quaisquer propostas para endereçar a crise de maneira eficaz e pragmática”, disse a presidente da Comissão Europeia no Twitter e também num discurso no Instituto Universitário Europeu de Florença.

“É por isso que estamos prontos para discutir como a proposta dos Estados Unidos para uma isenção de proteção de propriedade intelectual para vacinas contra a Covid-19 podem ajudar a atingir esse objetivo”, declarou no seu discurso.

Também na rede social, a chefe do bloco dos 27 escreve que o esforço de vacinação está a acelerar nos países europeus, com cerca de 30 europeus a serem vacinados a cada segundo. Ursula von der Leyen assumiu ainda que a União Europeia já exportou mais de 200 milhões de doses.

Esta proposta foi inicialmente proposta por África do Sul e pela Índia durante a Organização Mundial do Comércio no passado mês de outubro. Estes dois países, que apresentam estirpes próprias e mais infecciosas, conseguiram reunir um grande consenso entre países em desenvolvimento, com estes a sustentar que a isenção é um passo vital para que as vacinas fiquem disponíveis mundialmente.

Os governantes da União Europeia já se reuniram com vários países para discutir esta possibilidade de renúncia, com o Reino Unido e a Suíça a oporem-se ao tema, dado que são países onde as grandes farmacêuticas têm concentrado a sua produção. Segundo a “Reuters”, estes dois países em causa argumentam que a renúncia prejudica os incentivos para as empresas que produzem as vacinas e também que esta renúncia não irá resolver a falta de capacidade de produção.

Até à data, a Organização Mundial da Saúde apontou que já tinham sido administradas 700 milhões de vacinas em todo o globo, sendo que apenas 0,2% das doses foram administradas em países em desenvolvimento.

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