A presidente da Comissão Europeia voltou a deixar um alerta às farmacêuticas para que os prazos de entrega das vacinas contra a Covid-19 sejam cumpridos, frisando que as empresas assumiram um compromisso com o bloco europeu e que por isso devem honrar as suas responsabilidades.
“No meio de uma pandemia não temos tempo a perder”, começou por dizer. “A Europa investiu milhares de milhões no desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 para criar um bem comum. E agora, as empresas têm que cumprir e honrar os seus compromissos”, afirmou, esta terça-feira, 26 de janeiro, durante o seu discurso no Fórum Económico Mundial, em Davos.
A chamada de atenção surge depois da Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford terem notificado Bruxelas que a entrega prevista das vacinas contra a Covid-19 iria sofrer alguns atrasos. Assim, a campanha de vacinação na União Europeia, que arrancou a 27 de dezembro, vai desacelerar numa altura em que o fornecimento de vacinas é uma questão crítica à medida que o número de casos tem aumentado, na Europa.
“Por isso vamos lançar um mecanismo de transparência das exportações“, anunciou, acrescentando que a Europa está “determinada em contribuir para este bem comum global”. Trata-se de um sistema de notificação e de alerta sempre que as farmacêuticas queiram exportar vacinas para outros países, e não de uma proibição de exportação, mas os detalhes e a forma como vai funcionar terão ainda de ser trabalhados pelo executivo comunitário e pelos 27.
Quanto à Covax, um mecanismo desenvolvido em parceria ONGs que tem como objetivo garantir que os países com menores rendimentos têm acesso às vacinas contra o novo coronavírus, Ursula von der Leyen garante que vão ser distribuidas “milhões de doses” graças ao apoio de 186 países.
“Só trabalhando juntos, para além das fronteiras e setores, é que iremos conseguir fazer frente aos desafions mundiais. Nenhuma empresa privada ou autoridade nacional consegue fazê-lo sozinha”, frisou.
Próxima pandemia estará ao virar da esquina se não cuidarmos do nosso ambiente
Numa altura em que o Pacto Ecológico Europeu e a nova Lei Climática Europeia começam a ganhar forma, Ursula Von der Leyen urgiu que os países não se esquecessem dos seus compromissos com a conservação da biodiversidade, argumentando que a próxima pandemia “estará ao virar da esquina se não cuidarmos do nosso ambiente”.
“A Europa quer ser o primeiro continente a atingir a neutralidade carbónica até 2050 e vimos o impacto que isto criou um pouco por todo o mundo”, continuou, felicitando a readesão dos Estados Unidos ao Acordo de Paris.
A reponsável garante que o objetivo de reduzir as emissões até 55% até 2030 irá ser cumprido, seja através das energias renováveis, mercado das emissões, economia circular ou hidrogénio verde, uma vez que foram alocados 700 mil milhões de euros para que a missão seja cumprida.
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