Os países europeus já estão a aplicar novas restrições para reduzir a disseminação da Ómicron: gradualmente esta variante começa a superar a Delta tornando-se na dominante.
Em Portugal, o primeiro-ministro já admitiu o prolongamento das restrições em vigor além da semana de contenção entre 2 e 9 de janeiro: “Vamos seguramente prorrogar porque a 9 de janeiro não vamos estar em condições de poder tirar essas medidas”, referiu António Costa recentemente.
Esta terça-feira vai ter lugar o conselho de ministros e é provável que sejam anunciadas mais restrições de forma a conter a variante que foi pela primeira vez identificada na África do Sul. As novas medidas podem passar pelo encerramento de discotecas ou bares e restrições ao nível da circulação.
A ministra da Saúde já avisou que a Ómicron terá uma prevalência de 50% pela altura do Natal e de 80% na passagem de ano.
A vizinha Espanha fará uma reunião de emergência na quarta-feira para discutir a adoção de novas restrições. No domingo, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, dirigiu-se à nação e explicou o que o encontro com líderes regionais irá “avaliar novas medidas que podem ser introduzidas nas próximas semanas”.
Tal como o governo português e espanhol, o governo italiano está a ponderar impor novas medidas, após uma onda de casos positivos, mas também devido às preocupações com a Ómicron. “Estamos preocupados. Nenhuma decisão foi tomada ainda e analisaremos o número de casos, mas colegas do Reino Unido disseram-nos que a Omicron é um desafio. Temos uma vantagem, uma incidência menor de Omicron em comparação com outros países, mas não vai durar muito ”, afirmou o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, à “Rai3” neste domingo.
Na Alemanha, o governo está considerar impor restrições às reuniões sociais a partir de 28 de dezembro, segundo a “NPR”. As regras devem incluir limitações às reuniões com mais de 10 pessoas, bem como o encerramento de bares e discotecas.
Relativamente às viagens, na segunda-feira, a Alemanha já aplicou restrições aos viajantes que vêm do Reino Unido. Com as novas regras os viajantes britânicos para a Alemanha vão estar sujeitos a quarentena de 14 dias independentemente do estado de vacinação, aponta o “Financial Times”.
Na Suécia, o Governo anunciou novas regras de viagem a partir de 21 de dezembro para seus vizinhos nórdicos, exigindo um certificado de vacina para viajantes que chegam da Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia.
Em França, o executivo de Macron impôs restrições mais rígidas para viagens entre o Reino Unido e a França, exigindo “razões convincentes” para tais viagens, sendo que o turismo e negócios não se qualificam.
De todos os países aquele que aplicou medidas mais rigorosas foi a Holanda que entrou em novo confinamento no domingo com duração até 14 de janeiro de 2022. As novas regras pedem que “todos fiquem em casa o máximo possível” e estabelecem limites para o número de visitantes que uma família pode receber, bem como para encontros ao ar livre entre amigos (duas pessoas).
A restrições acontecem num momento em que a Organização Mundial de Saúde pediu às pessoas que cancelassem alguns dos seus planos de férias para proteger a saúde pública, sendo que a variante Ómicron tem se propagado rapidamente a nível global.
“Um evento cancelado é melhor do que uma vida cancelada”, disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, acrescentando que “decisões difíceis” devem ser tomadas.
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