O s últimos momentos de Ross Ulbricht como um homem livre foram demasiado barulhentos e atraíram uma pequena multidão. Funcionários e leitores da biblioteca Glen Park, em São Francisco, nos Estados Unidos, ouviram um estrondo e correram até a secção dos livros de ficção científica, onde encontraram um grupo de agentes federais à volta de Ulbricht, na altura com 29 anos, magro, cabelo castanho-claro e vestido com uma t-shirt e calças de ganga.
Estávamos a 1 de outubro de 2013, o ponteiro do relógio marcava 15h15 e a missão principal não passava apenas por prender Ulbricht: era fundamental que ele não tivesse tempo para fechar o ecrã do computador que, segundo o FBI, era o centro de comando do Silk Road, o maior mercado de drogas do mundo na darkweb, o lado mais escondido da internet – em dois anos gerou 1,1 mil milhões de euros em negócios, com 960 mil utilizadores, entre vendedores e compradores nos EUA e outros países.
Este comércio tornou-se simplificado pela bitcoin, que facilitava as transações anónimas, praticamente impossíveis de rastrear. Além das drogas puras, era possível comprar documentos falsos e até alugar assassinos. Tudo com entrega grátis e rápida. Segundo Nicholas Weaver, investigador do Instituto Internacional de Ciência da Computação em Berkeley, nos Estados Unidos, se Ulbricht tivesse conseguido encerrar o computador provavelmente “teriam sido ativadas senhas e transformado o disco rígido num bloco criptografado mais difícil de transpor do que o Fort Knox”.
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