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Companhias aéreas retomam transporte de passageiros de sete países para os EUA

Esta decisão surge após um juiz federal de Seattle ter bloqueado a ordem de Donald Trump que proibia temporariamente os refugiados e nacionais de sete países de entrarem nos Estados Unidos.
4 Fevereiro 2017, 13h29

A Qatar Airways já fez saber, este sábado, que vai transportar para os Estados Unidos cidadãos dos sete países muçulmanos que estavam proibidos de entrar no país. É a reação à decisão do juiz federal que suspendeu temporariamente a ordem executiva de Donald Trump.

Em comunicado a empresa explica que “os cidadãos de sete países (Iraque, Irão, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen) e todos os refugiados em posse de um visto válido ou residência permanente (green card) serão autorizados a ir os Estados Unidos “.

Também a Air France, a Iberia e a Lufthansa já anunciaram que vaõ respeitar a decisão do juiz federal e transportar passageiros dos sete países muçulmanos que estavam proibidos de entrar nos EUA, apesar da Casa Branca já ter anunciado que vai recorrer da decisão do juíz o mais rápido possível.

Os websites de duas das maiores companhias aéreas do Golfo, a Etihad e a Emirates, ainda tinham publicações a informar os passageiros da ordem de Donald Trump datada de 27 de janeiro.

Estes novos desenvolvimentos surgem depois de um juiz federal de Seattle ter bloqueado a ordem executiva assinada por Donald Trump há uma semana que proibia temporariamente os refugiados e nacionais de sete países de entrarem nos Estados Unidos.

A ordem de restrição temporária do juiz é um revés para o presidente, mas a Casa Branca disse ontem que acredita que a ordem executiva é “legal e apropriada” e que o Departamento de Justiça vai apresentar um recurso de emergência, segundo a Reuters.

Horas depois da decisão do juiz James Robart, de Seattle, as autoridades aduaneiras e de controlo de fronteiras informaram as companhias aéreas que poderiam transportar passageiros que tinham sido afetados pela proibição, adiantou a agência.

A medida de Trump, assinada a 27 de janeiro, causou caos em vários aeroportos nos Estados Unidos na semana passada, com cidadãos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen impedidos de entrar no país e praticamente todos os refugiados também foram barrados. O Departamento de Estado disse ontem que quase 60 mil vistos foram suspensos na sequência da ordem de Trump.

O anúncio da proibição provocou uma onda de protestos em aeroportos nos EUA esta semana, com vários líderes políticos e empresariais, especialmente do setor tecnológico, a criticarem a decisão do presidente. Imune a essas posições, Trump na terça-feira demitiu a procuradora-geral interina Sally Yates por ter comunicado, à imprensa, dúvidas sobre o decreto.

 

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