As companhias aéreas têm 1.200 milhões de dólares (cerca de 1.031 milhões de euros) de receitas bloqueadas em vários países pelo não repatriamento de fundos em dólares, alertou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) num comunicado divulgado hoje.
O montante bloqueado diz respeito ao valor que se encontrava por entregar às transportadoras no final de outubro deste ano.
Os fundos, explica a IATA, correspondem a receitas geradas pela venda de viagens, serviços de transporte e outras atividades em países que, depois, não os repatriam, em dólares, para as companhias aéreas, apesar de isso estar estipulado em acordos e tratados do setor.
A associação refere que os governos e os bancos centrais de alguns países exigem às companhias aéreas procedimentos “incómodos ou incoerentes” para autorizarem a repatriação, atrasando a sua aprovação.
As restrições também se devem à escassez ou à falta de divisas estrangeiras, explica.
“As companhias aéreas dependem do cumprimento deste compromisso por parte dos governos”, sublinha o diretor-geral da IATA, Willie Walsh, referindo que as empresas atuam “com margens baixas e custos significativos” principalmente em dólares.
A associação das empresas de transporte aéreo especifica que, em outubro, se verificou uma melhoria em relação a abril deste ano, com uma diminuição do montante bloqueado em 191 milhões de dólares (164 milhões de euros).
A IATA destaca que 93% dos fundos retidos estão em 26 países de África e do Oriente Médio.
A Argélia lidera a lista com 307 milhões de dólares (264 milhões de euros) bloqueados.
O Líbano, por sua vez, é o país do Médio Oriente com mais fundos retidos, 138 milhões de dólares, enquanto o Paquistão e o Bangladesh são os únicos países asiáticos com receitas de companhias aéreas bloqueadas.
A IATA representa cerca de 360 companhias aéreas que concentram 80% do tráfego aéreo mundial.
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