A Comissão Europeia aprovou a compra da mina de Neves-Corvo pela mineira sueca Bolinden, anunciou hoje a empresa.
“Através da aprovação, a Boliden recebeu todas as aprovações regulatórias necessárias para completar a transação”, segundo o comunicado, sobre a mina localizada no concelho de Castro Verde, distrito de Beja.
As aprovações regulatórias agora aprovadas incluem a fusão aprovada pela Comissão Europeia, pelas autoridades suecas (Swedish Inspectorate of Strategic Products) e as alterações do contrato de cocncessão pelas autoridades portuguesas.
A mineira espera agora fechar o negócio nas “próximas semanas”, após a conclusão dos próximos passos, disse, sem detalhar.
A companhia canadiana Lundin Mining vendeu a mina aos suecos da Boliden no final de 2024 por um valor de 1.370 milhões de dólares (negócio que inclui a mina sueca de Zinkgruva), e 150 milhões de dólares extra, dependendo do cumprimento de determinadas condições. Para a mina de Neves-Corvo, esta quantia variável pode ascender aos 100 milhões de dólares em três anos, se o cobre e o zinco subirem acima dos 1,30 dólares/libra ou dos 4,50 dólares/libra, respetivamente.
Com esta aquisição, a companhia vai aumentar a sua produção de zinco em 95% e a de concentrado de cobre em mais de 40%.
A empresa sueca considera que a mina portuguesa vai “gerar dinheiro desde o primeiro dia” em que for consolidada nas suas contas, segundo o seu CEO, Mikael Staffas, em declarações no final de 2024. “Neves-Corvo tem uma longa história de desenvolvimento contínuo, existem claramente ambos os recursos que podem ser convertidos, assim como potencial geológico na área. Vemos uma lógica industrial e estratégica muito forte. Existem claramente, tanto do ponto de vista de engenharia como comercial, mais-valias”.
A mina de Neves-Corvo foi a terceira a nível mundial em termos de produção de zinco em 2023, nos países Tier 1, com 109 mil toneladas extraídas, apenas superada pelas minas de Dugald River na Austrália e a Vazante no Brasil, segundo a companhia. No caso do cobre, encontra-se entre as maiores da Europa, com 34 mil toneladas extraídas em 2023, mas longe dos lugares cimeiros ocupados pela mina polaca da KGHM com 445 mil toneladas, ou da eslovaca Timok com 139 mil toneladas. A mina conta com 2 mil trabalhadores.
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