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“Compre agora, pague depois”. Crédito ao consumo causa surpresas indesejadas a 36% dos portugueses

Com as dificuldades geradas pelo contexto económico, são muitos os portugueses que recorrem ao sistema “compre agora, pague depois”. A problemática surge quando muitos se deparam com custos acima do que esperavam.
24 Novembro 2023, 12h50

O crédito ao consumo está em crescimento e os números são particularmente expressivos nas épocas festivas, como são as que se aproximam e ainda a Black Friday, que se assinala esta sexta-feira. Por outro lado, induzem em erro muitos consumidores, que perdem noção dos seus gastos em compras.

De acordo com o mais recente estudo da instituição de crédito Intrum, quase metade (45%) dos consumidores admite ter sido apanhado de surpresa com a acumulação dos custos ligados às suas subscrições sem se aperceberem. Em Portugal, porém, os dados do sistema “compre agora, pague depois” apontam para números inferiores, ainda assim preocupantes, na ordem de 36%.

De acordo com os dados do relatório European Consumer Payment, os consumidores portugueses colocam o país no 20º lugar entre os que mais se vêm surpreendidos pelos valores a pagar, após efetuarem as suas compras. Com os números mais preocupantes surge a Grécia (67%), seguida pela República da Irlanda (62%), da Finlândia (55%) e do Reino Unido (53%)

Com a inflação a apertar, os serviços que permitem repartir o custo associado a bens e serviços ganham assinaturas, mas acabam por provocar um fenómeno denominado “subscription creep“. Este consiste na dificuldade em fazer face aos valores a pagamento, num contexto de dificuldades financeiras.

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