A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) recusa-se a aceitar um novo adiamento do projeto de construção de mais um aeroporto em Lisboa e lamentou esta quarta-feira que o Governo esteja a ponderar a opção de escolher Alcochete em vez do Montijo, perante o chumbo da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).
Na perspetiva da CTP, trata-se de alternativas de localização “que foram amplamente discutidas e abandonadas”. “A recuperação económica do país depende do aumento da nossa capacidade aeroportuária. Quantas mais avaliações e estudos vamos precisar para tomar uma decisão sobre uma obra essencial que o próprio Governo considera de interesse nacional e estratégico?”, começa por questionar-se o presidente da CTP.
“Não podemos aceitar mais um adiamento, temos de avançar para a solução que melhor responde em termos de custos, competitividade e rapidez a um problema que se arrasta há mais de cinco décadas”, afirma Francisco Calheiros, em comunicado.
A reação da confederação empresarial de um dos sectores que será mais impactado com este projeto surge um dia depois de os concelhos do Seixal e da Moita terem dado um parecer negativo à construção de uma base área no Montijo. Mais tarde, o Governo informou que iria avançar para um processo de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) de forma a comparar hipóteses que aumentem as infraestruturas aeroportuárias da região da Grande Lisboa.
Entre as opções estão, segundo o Ministério das Infraestruturas: “O aeroporto do Montijo adquirirá, progressivamente, o estatuto de aeroporto principal e o aeroporto Humberto Delgado o de complementar” ou a “construção de um novo aeroporto internacional de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete”.
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