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Confiança das empresas dos EUA na China no nível mais baixo de sempre

A conclusão é de um relatório da Câmara de Comércio Americana (AmCham) em Xangai.
12 Setembro 2024, 08h27

As empresas norte-americanas na China enfrentam desafios sem precedentes, que estão a afetar a confiança e os resultados, apontou esta quinta-feira um relatório da Câmara de Comércio Americana (AmCham) em Xangai.

O inquérito do grupo empresarial mostrou um declínio na confiança, com 47% das 306 empresas participantes a declararem-se otimistas para os próximos anos, em comparação com 52% no ano anterior, no que já tinha sido um nível historicamente baixo.

Os resultados financeiros das empresas norte-americanas também sofreram, com apenas 66% a declarar que foram lucrativas no ano passado, um valor sem precedentes, de acordo com o mesmo relatório.

“A perceção do risco de fazer negócios na China aumentou nos últimos anos, mas, ao mesmo tempo, o mercado está a abrandar, com uma fraca procura e excesso de capacidade”, apontou o diretor-geral da Câmara de Comércio, Eric Zheng,.

Um relatório da Câmara de Comércio da União Europeia publicado na quarta-feira alertou também as empresas europeias na China para “repensarem seriamente a sua estratégia”, à medida que as desvantagens “começam a ultrapassar os benefícios” de investir no país.

O presidente da AmCham em Xangai, Allan Gabor, considerou que as taxas alfandegárias vão continuar a ser um dos principais instrumentos da política comercial entre Pequim e Washington.

A escala e o âmbito de quaisquer tarifas adicionais vão depender “do resultado das eleições” presidenciais norte-americanas em novembro, considerou.

As empresas e os produtos chineses são objeto de várias sanções ou restrições impostas por Washington, que alega concorrência desleal ou ameaças à segurança nacional.

Os Estados Unidos anunciaram recentemente controlos mais rigorosos sobre as exportações de alta tecnologia para a China e, em maio, determinados a travar os progressos de Pequim no setor automóvel, anunciaram que iam quadruplicar as taxas alfandegárias (de 25% para 100%) sobre os veículos elétricos chineses.

Durante o mandato, o ex-presidente Donald Trump impôs taxas punitivas sobre as importações de aço e alumínio chineses, para proteger a produção norte-americana do que considerava ser uma concorrência desleal.

As taxas foram mantidas e até aumentadas pelo atual líder, Joe Biden, que descreveu este setor como estratégico.

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