Confiança dos consumidores diminui mas clima económico estabiliza
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu entre dezembro e fevereiro, interrompendo o perfil ascendente que se observava desde abril, de acordo com informação avançada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, 27 de fevereiro. Por sua vez, o indicador de clima económico estabilizou no mês de fevereiro, depois de um aumento em janeiro.
O gabinete de estatísticas português apontou que em fevereiro, os indicadores de confiança diminuíram na indústria transformadora, no comércio e nos serviços, tendo aumentado na construção e obras públicas.
“No último mês, a evolução do indicador de confiança dos consumidores resultou do contributo negativo das expectativas relativas à evolução da situação económica do país e da realização de compras importantes, tendo as perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar estabilizado e as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar contribuído positivamente”, aponta o INE.
O indicador de confiança da indústria transformadora diminuiu em fevereiro, depois de ter aumento ligeiro em dezembro e janeiro. A evolução deste indicador refletiu o contributo negativo dos saldos das apreciações sobre a evolução da procura global e das perspetivas de produção, enquanto as apreciações sobre a evolução dos stocks de produtos acabados contribuíram positivamente.
Por sua vez, o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou entre dezembro e fevereiro, em resultado do contributo positivo de ambas as componentes, apreciações relativas à carteira de encomendas e perspetivas de emprego. No entanto, o indicador de confiança do comércio apresentou uma diminuição em fevereiro, depois de ter aumentado no mês anterior. Este comportamento refletiu o contributo negativo do saldo das opiniões sobre o volume de vendas, enquanto as apreciações sobre o volume de stocks e as perspetivas de atividade estabilizaram.
O indicador de confiança dos serviços diminuiu entre dezembro e fevereiro, após ter aumentado em outubro e novembro, verificando-se um contributo negativo de todas as componentes, apreciações sobre a atividade da empresa e opiniões e perspetivas sobre a evolução da carteira de encomendas.
