A confiança dos agentes económicos europeus melhorou em junho, apesar de a vertente industrial a pesar nas expectativas do lado da produção no bloco da moeda única, embora as expectativas de preços de venda tenham também retraído. Estes resultados confirmaram a estimativa rápida e são consistentes com um abrandamento da atividade económica, um cenário já pintado por vários outros indicadores.
O índice de confiança da Comissão Europeia caiu de 96,4 em maio para 95,3, abaixo das expectativas do mercado, de 96,0. O subíndice referente aos serviços caiu de 7,1 para 5,7, ao passo que o da indústria recuou de -5,3 para -7,2, mostrando abrandamentos em ambos os sectores.
Em sentido inverso, o indicador referente à confiança dos consumidores avançou de -17,4 para -16,1.
As expectativas relativamente aos preços também acalmaram, tanto do lado da produção, como dos consumidores. As projeções de preços de venda acalmaram de 6,5 para 4,4, enquanto as expectativas das famílias quanto à inflação acalmaram de 12,1 para 6,1, um recuo ainda mais impressionante considerando a projeção do mercado de 11,6.
Estes dados apontam para um abrandamento da atividade na zona euro no final do segundo trimestre, um resultado já indiciado por outros indicadores. Por um lado, a economia alemã está já em recessão técnica, arrastando consigo o bloco euro; por outro, os índices de gestores de compras (PMI) de junho haviam já mostrado uma economia em contração, cenário consistente com os valores divulgados esta quinta-feira pela Comissão Europeia.
Segundo a análise da Pantheon Macro, esta é mais uma divulgação de dados a sugerir crescimento nulo no segundo e terceiro trimestres da zona euro, com todos os sinais a apontar para uma perda “do ímpeto económico no fim do segundo trimestre”. Estes dados confirmam ainda a estimativa divulgada há uma semana pela Comissão Europeia.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com